Polícia faz busca na casa de médico de Maradona, investigado por homicídio culposo
Ex-jogador morreu na última quarta-feira aos 60 anos. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa, na cidade de Tigre, Argentina
A Justiça argentina ordenou uma busca na casa do médico de Diego Maradona, Leopoldo Luque, que está sendo investigado por homicídio culposo. Os promotores Laura Capra, Patricio Ferrari e Cosme Irribaren disseram que a busca foi para “procurar documentação para determinar se, durante a internação domiciliária de Maradona, houve irregularidades”.
O ex-jogador teve alta da clínica Olivos, após cirurgia para retirar um hematoma na cabeça, contra a vontade dos médicos da instituição, que declararam à Justiça que recomendaram a Luque que Maradona continuasse internado mais um tempo.
Foi Luque quem ligou para o serviço de ambulâncias 911 às 12h16 da última quarta-feira (25).
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O médico, porém, não estava na casa do ex-jogador e havia sido informado pelos que o acompanhavam -a psiquiatra, um enfermeiro e o sobrinho do ídolo, que estavam com Maradona- que ele não se sentia bem. Paralelamente, eles também chamaram uma ambulância do plano de saúde do jogador.
A Justiça investiga a atuação dos enfermeiros. Especificamente, uma contradição da enfermeira que cuidou dele durante a noite, e que afirma não ter entrado no quarto durante a manhã. Depois, porém, em sua declaração oficial à polícia, ela disse outra coisa, que havia entrado e que o ex-craque havia se recusado a ter seus sinais vitais registrados.
As filhas, Dalma e Gianinna, e sua ex-mulher, Claudia Villafañe, disseram à polícia que Luque lhes havia garantido que a casa em que Maradona ia estar depois da alta da clínica Olivos teria “condições parecidas ao hospital”.
Agora, elas pedem a investigação sobre o comportamento do médico porque a residência, também investigada, não tinha sequer um desfibrilador ou equipamento necessário para atendê-lo no caso de uma emergência.
A procuradoria-geral do departamento de San Isidro, que ordenou as buscas, afirmou que estas eram necessárias por conta “das provas que foram sendo recolhidas por meio dos depoimentos que investigam as condições de Diego Armando Maradona”, segundo comunicado.
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