Polícia fecha abrigo clandestino em Inhumas
Local que abrigava 27 idosos, usuários de drogas e pessoas com problemas psiquiátricos não tinha Alvará e oferecia comida e medicamentos vencidos aos internos
Após receber uma denúncia anônima de vizinhos, que foram incomodados com gritos durante a madrugada, a Polícia Civil descobriu um abrigo – que também funcionava como uma clínica clandestina. O local prometia acolhimento a idosos, tratamento a usuários de drogas e pessoas com problemas psiquiátricos. Os donos da clínica, que funcionava em condições totalmente insalubres, foram presos e autuados em flagrante.
Ao todo, 27 pessoas, entre idosos, usuários de drogas e outros com problemas psiquiátricos foram encontrados no imóvel. A clínica funcionava na Praça Central de Inhumas, ao lado da Igreja Matriz, e bem em frente à Câmara Municipal da cidade.
Ao entrarem na casa, segunodo o delegado Humberto Teóflo, titular da delagacia de Inhumas, os agentes encontraram restos de comida e bebida espalhados pelo chão. Além disso, os policiais também encontraram vários frascos de medicamentos e embalagens de comida vencidas.
De acordo com a polícia, a enfermeira e dona da clínica Meiriane José Sebastião, de 38 anos, estava com seu registro profissional vencido e não possuía alvará de funcionamento do local. Ela foi presa em flagrante, junto com seu sócio Edemar de Oliveira Vaz, de 50 anos.
A princípio, a polícia apurou que os dois cobravam em média um salário mínimo por cada interno e mantinham a casa há cerca de dois meses naquele endereço. Os dois, ainda de acordo com o delegado, já atuavam há pelo menos três anos em Inhumas. “Sabemos também que eles sacavam a aposentadoria integral de alguns, fato que agora será investigado”, declarou Humberto Teófilo.
Meiriane e Edemar foram autuados em flagrante por maus tratos e cárcere privado, crimes que somados tem pena de reclusão superior a oito anos. Os internos foram encaminhados para a Assistência Social da Prefeitura de Inhumas, que entregou parte deles aos familiares e conseguiu internar os outros em unidades de atendimento médico da cidade.