Empresas de Goiás são suspeitas de sonegar R$ 100 milhões em impostos
Polícia trabalha com hipótese de que empresas foram abertas em nome de "laranjas"
Empresários e contadores do ramo de grãos são investigados por abrir empresas em nome de “laranjas” para sonegar impostos, em Goiás. Até a manhã desta quinta-feira (20), uma pessoa foi presa e 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Itumbiara, Jataí e Goiânia. A Polícia Civil afirma que 16 empresas estão envolvidas no esquema, que causou prejuízo de mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos.
Segundo o delegado Marcelo Aires, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), empresários, contadores e agenciadores aliciavam pessoas para assumirem um falso cargo de proprietários de empresas do ramo. Depois, eles procuravam interessados em vender os grãos e assumiam os encargos fiscais, mas não recolhiam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Um levantamento feito pela Secretaria de Economia aponta que os valores sonegados superam a casa dos R$ 100 milhões. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou a suspensão das atividades de 16 empresas e bloqueio R$ 60 milhões em bens pertencentes aos investigados. Os órgãos buscam a recuperação dos valores em prol do Tesouro Público.
A ação é a segunda fase da Operação Peneira de Vime que efetuou sete prisões temporárias e 26 mandados de busca e apreensão em sua primeira fase.
Além da prisão de um dos investigados, a polícia recolheu celulares, computadores e documentos para serem analisados. Além disso, três armas de fogo e uma grande quantidade de munição também foram apreendidas.
As investigações continuam a fim de identificar outros membros da associação criminosa.
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*Jeice Oliveira compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira