Polícia investiga participação de outras pessoas na morte de ex-jogador do São Paulo
A Polícia Civil do Paraná acredita que o suspeito de matar o jogador de futebol Daniel Correa Freitas, 24 anos, agiu "de forma insidiosa, cruel e desnecessária" após "um desentendimento de final de festa", disse nesta quinta-feira (1) o delegado Amadeu Trevisan, responsável pela investigação.
A Polícia Civil do Paraná acredita que o suspeito de matar o jogador de futebol Daniel Correa Freitas, 24 anos, agiu “de forma insidiosa, cruel e desnecessária” após “um desentendimento de final de festa”, disse nesta quinta-feira (1) o delegado Amadeu Trevisan, responsável pela investigação.
Edson Brittes Júnior, 36 anos, a mulher dele, Cristiana Brittes, a a filha do casal, de 18 anos, foram detidos ao se apresentarem nesta quinta pela manhã. Brittes confessou o crime, segundo o advogado dele, Claudio Dalledone Junior. As prisões são provisórias e valem por 30 dias.
A Polícia acredita que, além de Brittes, pelo menos mais três pessoas participaram do assassinato de Daniel, e que a mulher e a filha do suspeito foram detidas porque elas “estiveram o tempo todo no palco do crime”, nas palavras de Trevisan. “Algum tipo de auxílio elas devem ter dado.”
“Vamos provar que ele [Brittes] matou e fez isso de forma insidiosa, cruel e desnecessária. Com a participação de mais alguém. Quando vimos o corpo, vimos que se tratava de crime de conotação sexual, e o autor não fez aquilo sozinho”, afirmou Trevisan.
Em entrevista, o delegado disse que Daniel chegou a Curitiba na última sexta-feira (26) para a festa de aniversário da filha de Brittes, numa casa noturna de música sertaneja. Para a Polícia, eles eram amigos – o jogador teria participado no ano passado da festa que comemorou os 17 anos dela.
Quando já amanhecia, um grupo de cerca de dez pessoas deixou a casa noturna e seguiu para a residência dos Brittes, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
Em dado momento, Daniel foi para o quarto do casal e tirou algumas selfies ao lado de Cristiana, que segundo a polícia dormia profundamente.
Naquele momento, a Polícia acredita que Brittes e amigos perceberam e passaram a agredir Daniel.
“Iniciou-se um espancamento, porque o rapaz não tinha como reagir”, falou Trevisan.
A defesa de Brittes alega que Cristiana teria sido estuprada pelo jogador, e que o marido dela agiu para defendê-la. “Vamos apurar”, disse o delegado.
Possivelmente desacordado, Daniel foi colocado no porta-malas do carro da família e levado a uma estrada rural do município. “Ali [o jogador] Tem o pescoço praticamente seccionado e seus órgãos genitais decepados”, afirmou Trevisan.
O laudo da necropsia efetuada no corpo de Daniel indica morte por “esgorjamento”, nome técnico dado a uma lesão profunda na região lateral ou frontal do pescoço, produzida geralmente por instrumento cortante ou contundente.
A Polícia acredita que três pessoas ajudaram Brittes a cometer o crime. “Estamos identificando quem estava com ele. Ele não fez [o assassinato] sozinho, isso é evidente”, informou o delegado, que deverá pedir a prisão dos três outros suspeitos assim que identificá-los.