A Polícia Civil investiga se um ex-militar estaria ajudando um adolescente, de 17 anos, apreendido nesta terça-feira, a planejar um ataque contra estudantes de uma escola estadual de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A informação da existência de uma pessoa, que daria apoio ao rapaz, foi dada pelo próprio jovem, ao prestar depoimento na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA-Niterói).
X. Estava matriculado na mesma escola onde pretendia realizar o ataque, mas não teria frequentado às aulas desde o início do ano. Ele também afirmou, ao ser ouvido na delegacia, que o suposto ex- militar seria responsável por fornecer uma arma e uma bomba . O artefato seria usado por X. para explodir uma passarela que dá acesso a um centro comercial.
De acordo com o delegado Robinson Gomes Pereira, da DPCA-Niterói, o estudante contou que pretendia matar três estudantes nesta quinta-feira com quem havia tido um desentendimento. A polícia vai analisar o tablet que X. usava para saber se a existência de uma segunda pessoa no planejamento do suposto ataque seria real ou não.
“A Justiça já autorizou a quebra de dados do tablet. Nosso objetivo é o de tentar identificar as pessoas com quem o adolescente conversava, os acessos que ele fazia na internet, e a existência de uma segunda pessoa neste planejamento. Já sabemos que o adolescente tem um perfil violento e que morava com uma avó” disse o delegado.
A polícia Chegou até X. por uma denúncia anônima. Nesta terça-feira, os policias localizaram o colégio e dois alunos com quem o adolescente havia conversado, através de uma rede social. Após X. contar o que iria fazer, eles pediram para que o colega não fizesse aquilo.
Os dois já foram ouvidos pela polícia e liberados. Na casa do menor apreendido, a polícia encontrou uma faca, um facão, um par de coturnos, um macacão vermelho e uma máscara da série “La casa de papel”. A Vara de Infância e Adolescência de Niterói deve decidir, nesta quarta-feira, se o adolescente será internado ou não numa instituição de menores.