Polícia não encontra provas para incriminar PC Siqueira por pedofilia
Youtuber teve seu nome envolvido em um escândalo de pedofilia em junho de 2020, quando supostas conversas vazaram; ele nega
Investigado pelo crime de pedofilia, PC Siqueira saiu ileso da perícia realizada pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, em seu computador, HD externo, celular, videogame e outros dispositivos eletrônicos. Os relatórios apontam que não foi encontrada nenhuma evidência que possa incriminar o youtuber.
A reportagem teve acesso aos relatórios expedidos pelo Instituto de Criminalística. E em todos eles a resposta dos peritos é a mesma: PC não armazenava ou compartilhava fotos ou vídeos de conteúdo pornográfico de menores de idade, não teve conversas com outras pessoas sobre o tema e tampouco fez buscas em sites de pesquisas a respeito do assunto.
O único documento em que o tema pedofilia foi encontrado estava no computador de PC Siqueira. Em uma conversa, que a perícia não conseguiu identificar a data exata –entre 2008 e 2011–, o youtuber teclava com uma garota identificada como Vanessa pelo aplicativo QQ, bastante popular no início dos anos 2000.
No papo, os dois flertavam de maneira suave e a conversa, em nenhum momento, enveredou para um teor sexual. As duas frases destacadas neste relatório, escritas por PC Siqueira, foram “Na verdade, eu sou pedófilo” e “Tenho essas coisas para atrair menores de idade”. Ambas, no entanto, foram extraídas de um contexto jocoso.
A primeira frase foi escrita por PC após Vanessa dizer que sua carteira tinha desenhos de bichos e mostrar para o youtuber a cópia de seu antigo RG, de quando ainda era menor de idade. Já a segunda foi dita após PC mostrar seu quarto à paquera, usando sua webcam. Ela identificou alguns brinquedos no local, e ele brincou dizendo que eram para atrair menores de idade.
Estas foram as únicas frases encontradas em todos os dispositivos analisados pela Polícia Técnico-Científica, que também detectou a existência do programa CCleaner, que apaga todas as pesquisas feitas em navegadores de internet. Porém, a última vez em que PC o ativou foi em dezembro de 2009.
Um telefone celular da marca Samsung também foi submetido à análise, e a polícia não conseguiu fazer uma varredura sobre o histórico de busca nos navegadores disponíveis no aparelho.
Entenda o caso
PC Siqueira viu seu nome envolvido em um escândalo de pedofilia em junho de 2020. Supostas conversas protagonizadas pelo youtuber foram divulgadas na web, na qual ele teria enviado fotos íntimas de uma menina de seis anos de idade. Na ocasião, ele disse que era vítima de uma “articulação criminosa”, e o caso passou a ser investigado pela Polícia Civil.
Diante de todos os ataques que passou a receber na web, ele decidiu desativar seu canal no YouTube, plataforma que o projetou à fama e o fez ganhar muito dinheiro no início da década passada.
Embora a perícia não tenha encontrado provas para incriminar PC Siqueira, a investigação segue em andamento e não há previsão para que seu caso seja concluído.