As investigações sobre a morte do jornalista João Miranda do Carmo continuam. Até o momento, um suspeito de ter cometido o assassinato, o chefe de vigilância da prefeitura de Santo Antônio do Descoberto Douglas Ferreira de Morais, permanece detido, mas pode ser solto ainda neste fim de semana com o fim do prazo de seu pedido de prisão.
Segundo o delegado Pablo Santos, responsável pelo caso, já foi feita a solicitação à Justiça para que o suspeito permaneça preso por mais tempo para não haver prejuízo às investigações. “O prazo está perto de vencer, mas já foi apresentado o pedido de prorrogação. Estamos aguardando o deferimento”, afirma.
Douglas foi preso no dia 27 de julho por suspeita de participar no assassinato de João, ocorrido no dia 24 do mesmo mês. Segundo as investigações, o então chefe de vigilância da prefeitura já teria, inclusive, ameaçado a vítima e sua família anteriormente em decorrência de notícias publicadas em seu site. Supostamente, João teria postado matérias a respeito de um assassinato cujo autor seria o irmão do suspeito.
O jornalista, que atuava em blogs e sites, foi morto em sua casa no bairro Morada Nobre por quatro homens armados que, após uma rápida abordagem, onde foram disparados 22 tiros — pelo menos sete o atingiram.
João usava as redes sociais e sites para criticar políticos, traficantes de drogas e matadores de aluguel na cidade a 50 quilômetros de Brasília.
Sua morte provocou repercussão nacional e internacional de entidades que defendem a liberdade de imprensa.