Polícia prende 64 em operação contra pedofilia no interior de SP
Entre os detidos estão um professor de informática residente em Bálsamo e um docente aposentado de Guapiaçu
Sessenta e quatro pessoas foram presas na manhã desta sexta-feira (2) em nova fase da operação Peter Pan de combate à pedofilia na internet no interior de São Paulo. Muitos foram levados à Delegacia da Polícia Civil, prestaram depoimentos e foram liberados. Alguns suspeitos ainda estavam sendo ouvidos, por isso a polícia não divulgou o total de pessoas que permanecem presas.
Entre os detidos estão um professor de informática residente em Bálsamo e um docente aposentado de Guapiaçu, acusados de baixar na internet e manter material de pornografia infantil. Outro suspeito, um entregador de 23 anos, preso em Rio Preto, é acusado de compartilhar e distribuir o material. Ele teve a prisão temporária decretada.
Em Penápolis, dois irmãos foram detidos com grande quantidade de material baixado em dois notebooks, que foram apreendidos. Foram feitas prisões também nas cidades de Birigui, Buritama, Assis e Ilha Solteira. A polícia deteve duas pessoas em Jaú e outras duas, em Dois Córregos.
O delegado Paulo Grecco, do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil, informou que os suspeitos de baixar material pornográfico seriam ouvidos e liberados. Já as pessoas que compartilharam ou distribuíram a pornografia ficariam presas, pois o crime é inafiançável. Nesta tarde, suspeitos ainda estavam sendo ouvidos.
Outras 14 pessoas foram presas ou detidas na região de Presidente Prudente, seis nessa cidade e duas em Dracena. Todas tinham registros com cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes em seus computadores. Os equipamentos serão submetidos à perícia.
Na casa de dois suspeitos foram encontradas armas. Conforme a Polícia Civil, a simples posse de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, ainda que em meio virtual, é considerada infração ao Estatuto da Criança e Adolescente (ECA).
A ação mobilizou 75 policiais civis e cumpriu ao todo 77 mandados de busca, apreensão e prisão. A investigação teve início há cinco meses. Na primeira fase da operação, em maio deste ano, 15 pessoas foram detidas, entre elas um estudante de Medicina de 23 anos, um policial militar e um diretor de ensino de 74 anos.