Feminicídio

Polícia prende acusado de matar noiva a facadas no RJ por ‘razões financeiras’

Ao saber que estava sendo procurado, o homem se apresentou na Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio

Segundo a família, vítima teria sido pelo marido a facadas nesta terça-feira Foto: Reprodução

A polícia prendeu, nesta quarta-feira (23), Michel de Souza, de 33 anos, acusado de assassinar a facadas a noiva, a gerente de recursos humanos Rafaela Bachmeyer Patricio, de 43 anos. Ao saber que estava sendo procurado, o homem se apresentou na Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Em depoimento, Michel confessou ter matado a companheira após uma briga por razões financeiras. Depois do crime, ele fugiu.

As investigações começaram depois que o caso foi registrado na delegacia. Agentes foram ao local do crime, em Inhaúma, Zona Norte do Rio, apreenderam a arma usada no crime, coletaram depoimentos de testemunhas e iniciaram as buscas em endereços de parentes de Michel. Ele será encaminhado para audiência de custódia, onde permanecerá à disposição da Justiça.

— Não traz a minha irmã de volta, mas é um alívio ver ele preso. Cadeia para ele é pouco — diz Fabíola Patricio, irmã de Rafaela, que vai à delegacia nesta quinta.

Michel era apontado pela família como o principal suspeito, já que ele não foi mais encontrado depois da morte de Rafaela, não atendia ligações e tirou a foto das redes sociais. Segundo a irmã de Rafaela, Fabiele Patrício, de 35 anos, os dois foram morar juntos no fim do ano passado. O relacionamento era recente, cinco meses.

— Eles apreenderam uma câmera que ela colocou dentro de casa. Mas não sabemos o motivo, ela não disse nada. Eu acredito que todo o histórico de relacionamentos abusivos, com outros homens agressivos, tenha deixado a minha irmã já atenta em relação ao isso. Infelizmente aconteceu. A minha irmã não vai ser só mais uma.

Segundo Fabiele, Michel não demonstrou ter comportamento violento. Mas vizinhos afirmaram para a família que eles tinham brigas constantes. A última começou no sábado. Na manhã desta terça, pedidos de socorro foram ouvidos por vizinhos. À família, eles disseram que não atenderam o chamado por acreditarem que seria “só mais uma discussão”, como tantas outras.

— Rafaela dizia que tinham discussões normais de um casal, jamais imaginamos que ele seria capaz de um crime tão brutal como esse. Não demonstrava ciúmes dela. Hoje, nós sabemos que tudo o que ela passava dentro de casa não era o que ela demonstrava para a gente — diz Fabiele.