Polícia prende membro do PCC que enviava armas e munições para facções
Além dele, outras oito pessoas foram presas, sendo que quatro delas já estavam detidas em unidades prisionais
Uma operação deflagrada hoje (20) pela Polícia Civil de São Paulo prendeu um membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, ele foi preso na manhã de hoje em um condomínio de luxo em Mongaguá, no litoral paulista. Ele seria o responsável por enviar armas e munições para integrantes de facções em todo o país. .
“Ele mandava armas e munições para sua facção e organizações amigas no país inteiro. Também fazia o financiamento por meio de transferências bancárias que estão sendo rastreadas”, disse a delegada Leslie Caram Petrus, titular da 4ª Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise).
A operação recebeu o nome de Protocolo Fantasma e é resultado de um trabalho investigativo que durou um ano, derivado da operação Echelon, que prendeu 65 pessoas em junho do ano passado.
Durante a operação de hoje foram apreendidos diversos celulares, anotações, documentos e contabilidades. “A prisão realizada hoje significa um forte golpe para a facção. Outras medidas estão sendo adotadas para dificultar e desmantelar a organização. Vamos mexer com a parte mais importante, que é a patrimonial e financeira”, disse a delegada.
Transferência
Na semana passada, 22 membros do PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o líder da facção, foram transferidos de presídios em São Paulo para penitenciárias federais em Brasília, Mossoró e Porto Velho. Segundo o governo paulista, o isolamento das lideranças da facção é uma “estratégia necessária para o enfrentamento e o desmantelamento de organizações criminosas”.