Polícia suspeita de vazamento do decreto de prisão de Gusttavo Lima
Cantor viajou para os Estados Unidos na véspera do cumprimento do mandado
Integrantes da Polícia Civil de Pernambuco suspeitam que houve um vazamento da informação do decreto de prisão preventiva de Gusttavo Lima. A ordem emitida pelo Tribunal de Justiça do estado, na segunda-feira (23), não foi cumprida, pois o cantor viajou para Miami, Estados Unidos, na véspera. No dia seguinte, um desembargador anulou a detenção do cantor.
Gusttavo Lima tem um imóvel em Hollywood Beach avaliado em R$ 65 milhões. Ele está no local com a esposa e os dois filhos. A suspeita da polícia é de que a viagem para fora do País ocorreu para evitar o cumprimento da prisão preventiva. A corporação também não localizou outros investigados na Operação Integration, que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro.
O decreto de prisão de Gusttavo Lima ocorreu no âmbito da Operação Integration, a mesma que culminou na detenção da influenciadora de Deolane Bezerra e investiga caso de suposto de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A magistrada acatou pedido da Polícia Civil, na segunda-feira.
No dia, a defesa de Gusttavo Lima disse, em nota, que a decisão que decretou a prisão do cantor é injusta, sem fundamentos legais e contrária aos fatos esclarecidos. “O cantor jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana.”
Um dia depois do decreto pela dentenção da juíza Andréa Calado, na segunda-feira, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão anulou ordem de prisão contra Gusttavo Lima. Ele disse que o texto da juíza magistrada utilizou “justificativas com ilações impróprias e considerações genéricas”. O entendimento é desta terça-feira (24).
Após anulação, a defesa de Gusttavo disse que o cantor recebeu a decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão com muita tranquilidade. Segundo a nota, “a decisão da juíza de origem estabeleceu uma série de presunções contrárias a tudo que já se apresentou nos autos, contrariando inclusive a manifestação do Ministério Público do caso”. A equipe jurídica do sertanejo ainda frisou que a relação de Gusttavo com as empresas investigadas era estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave. “Tudo feito legalmente.”