rio de janeiro

Polícia vai analisar material biológico descartado por anestesista preso por estupro

Remédios utilizados para sedar a vítima também foram apreendidos

Polícia investiga 50 casos suspeitos de estupro por anestesista (Foto: Redes Sociais)

O setor de perícia da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC) vai analisar o material biológico de Giovanni Quintella Bezerra, médico anestesista preso pelo estupro de uma mulher durante uma cesariana em um hospital em São João de Meriti. Os remédios utilizados para sedar a vítima também foram apreendidos pela PC.

Na última segunda-feira (11), outra mulher atendida pelo anestesista no dia 6, sua mãe e o acompanhante de uma outra possível vítima foram ouvidos pelos policiais.

A Polícia Civil investiga ainda se Giovanni Quintella cometeu outros dois estupros.

“Cabana”

Nos depoimentos colhidos pela Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, testemunhas contaram que o anestesista, posicionado na cabeça da vítima, montou uma espécie de “cabana” que impedia que o resto da equipe médica o visse.

As imagens, gravadas pela equipe, que já desconfiava da atuação de Giovanni, mostraram que o médico inseriu o pênis na boca da paciente, ainda desacordada.

Depois que terminou, Giovanni utilizou um material, como gaze, para limpar a boca da paciente. Ele descartou o material em uma lixeira do próprio centro cirúrgico.

Gaze usada por anestesista foi entregue por enfermeiras à polícia

A equipe de enfermeiras que flagrou em vídeo o estupro cometido pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra contra uma grávida, entregou à polícia um pedaço de gaze usado pelo médico para limpar a boca da vítima.

O algodão foi encaminhado para a perícia da Polícia Civil que vai analisar o material biológico encontrado nele. Segundo o depoimento das enfermeiras na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, a gaze teria esperma de Giovanni e foi recolhida de uma lixeira do centro cirúrgico.

Enfermeiras e técnicas do Hospital da Mulher de Vilar dos Teles já vinham desconfiando da atitude do médico anestesista há meses. Para provar as suspeitas, elas passaram a gravar o especialista quando ele fazia os partos.

*Com informações do G1 e O Globo