Policiais goianos participam de protesto contra a reforma na Previdência
O ato acontece na tarde desta quarta-feira (8) em Brasília e reúne policiais de todo o País
Milhares de policiais realizam protesto contra a reforma da Previdência na tarde desta quarta-feira (8) em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Pelo menos mil profissionais da segurança pública goiana participam do ato, de acordo com os organizadores.
A categoria é contra a retirada da aposentadoria especial para os policiais, proposta na PEC 287/2016, cobram mudança no texto e posicionamento dos deputados federais sobre o assunto. De acordo com o texto, os policiais deverão contribuir para a Previdência por 49 anos e só poderão se aposentar aos 65 anos. Atualmente os policiais precisam contribuir por 30 anos (25 anos para mulheres) e 55 anos de idade (50 anos de idade para mulheres). No Brasil, a expectativa de vida dos policiais é de 59 anos.
Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO), Paulo Sérgio Alves de Araujo afirma que, com a proposta do governo federal, os policiais irão morrer sem se aposentar. “A expectativa de vida de um bandido no Brasil é de 25 anos. Nós estamos falando de policiais de mais de 60 anos enfrentando criminosos de 20”, explica o presidente.
Possibilidades
Ainda de acordo com Paulo Sérgio, a expectativa da categoria é que o governo retire os policiais do texto da PEC. “É uma questão de bom senso. E se isso não acontecer, já estamos conversando com os deputados da bancada goiana. Se for necessário, acontecerão paralisações”, afirma Paulo Sérgio.
O diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado de Goiás (Sinprfgo), Marcelo de Azevedo, explica que os policiais não são contra a reforma na Previdência, mas que é necessário que seja levada em consideração a condição de trabalho dos policiais de todo o País. “O que foi apresentado vai contra a legislação de todos os países desenvolvidos”, avalia o diretor.
A manifestação é organizada pela União dos Policiais do Brasil (UPB), que já congrega mais de 30 entidades de policiais civis, federais, rodoviários federais, guardas municipais, agentes penitenciários, peritos criminais, papiloscopistas e outras categorias relacionadas à segurança pública. Na manifestação também estão presentes policiais de outros estados no Brasil.