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Policial é investigado por ameaças à jornalista Natuza Nery em São Paulo

Homem teria dito que pessoas como a jornalista “merecem ser aniquiladas”

Policial é investigado por ameaças à jornalista Natuza Nery em São Paulo
Natuza Nery (Foto: Reprodução)

A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para investigar um policial civil acusado de ameaçar a jornalista Natuza Nery em um supermercado na região de Pinheiros, na capital paulista, na noite da última segunda-feira (30). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que também foi instaurada uma investigação administrativa que pode resultar na expulsão do agente, cujo nome não foi divulgado.

De acordo com testemunhas ouvidas pela Folha de S.Paulo, o policial teria se aproximado de Nery e questionado se ela era jornalista da GloboNews, acusando-a e à emissora de serem responsáveis pela situação do país. Ele teria afirmado que pessoas como ela “merecem ser aniquiladas”.

Ainda segundo relatos, o homem xingou a jornalista enquanto estava no caixa. Uma mulher que o acompanhava tentou intervir, defendendo que Nery apenas exercia sua profissão.

Após o epsódio, Natuza Nery acionou a Polícia Militar, que compareceu ao local. O caso foi inicialmente registrado no 14º Distrito Policial, mas, com a identificação do envolvido como policial civil, a Corregedoria assumiu a investigação.

A SSP informou, por meio de nota enviada ao Poder360, que diligências foram realizadas no supermercado para coletar imagens e ouvir testemunhas:

Leia

“A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito para apurar a acusação de ameaça contra a jornalista Natuza Nery por parte de um policial civil, na noite desta segunda-feira (30), em um supermercado da capital paulista. A vítima acionou a Polícia Militar por meio do 190 e ambos foram conduzidos até o 14° DP, para o registro da ocorrência. A corregedoria da Instituição, assim que cientificada dos fatos, se deslocou até à delegacia e assumiu as investigações, realizando diligências no estabelecimento em busca de imagens do ocorrido e eventuais testemunhas. Uma investigação no âmbito administrativo também foi aberta contra o agente, podendo resultar no seu afastamento.”