Policial Federal chama agentes feridos por Roberto Jefferson de “vagabundos”
Um agente da Polícia Federal, lotado na na Superintendência do Rio Grande do Sul, disse…
Um agente da Polícia Federal, lotado na na Superintendência do Rio Grande do Sul, disse em um grupo de WhatsApp que os agentes feridos durante o cumprimento de mandado de prisão de Roberto Jefferson (PTB), no domingo (23), são “vagabundos” e obedeciam “ordens ilegais”. A informação foi divulgada pelo Metrópoles.
Segundo a coluna de Guilherme Amado, trata-se do policial José Getúlio Pompeu Monteiro. Ele enviou a mensagem ainda no domingo, quando respondia um vídeo de Jefferson postado no grupo. “Colegas vagabundos obedecendo ordens ilegais”, escreveu Pompeu.
Presidente do Sindicato de Policiais Federais do Rio Grande do Sul, Julio Cesar Santos disse logo em seguida que o grupo seria desativado em caso de outras “agressões ou utilização de palavras ofensivas”.
O Metrópoles procurou o agente, que disse que as ofensas não foram para seus colegas baleados. Segundo ele, estas foram para “outra situação”. O presidente do Sindicato, contudo, confirmou que a ofensa foi destinada aos colegas atingidos.
Relembre
No domingo (23), a Polícia Federal foi ao interior do Rio de Janeiro para cumprir mandado de prisão contra Roberto Jefferson. O político estava em prisão domiciliar, mas dias antes teve vídeo divulgado pela filha Cristiane Brasil em que ofendia a ministra do STF Cármen Lúcia. O mandado foi emitido por Moraes.
O ex-deputado, então, disparou com um fuzil 5.56 mm e atirou três granadas contra os agentes que foram até sua casa. O delegado da Polícia Federal (PF), Marcelo Villela, e a agente Karina Oliveira, foram feridos com estilhaços das bombas e precisaram de atendimento médico.
Karina teve ferimentos no rosto e na coxa, onde levou pontos, e tem estilhaços de granada no quadril. Por causa dos ferimentos, a agente precisará ficar cinco dias afastada do trabalho. A policial contou que chegou a perder os sentidos. Já o delegado Marcelo Villela foi ferido na cabeça no momento em que tentava socorrer a policial.
A ação teve início no começo da tarde de domingo. Jefferson, contudo, só se entregou à noite. O presidente Bolsonaro (PL) enviou o Ministro da Justiça para o local.
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