Policial Militar é filmado agredindo grávida algemada no MS; vídeo
Um vídeo que mostra um policial militar agredindo uma mulher grávida têm sido compartilhado nas…
Um vídeo que mostra um policial militar agredindo uma mulher grávida têm sido compartilhado nas redes sociais desde o último domingo (22). A gravação, que aconteceu no fim de setembro em Bonito, no Mato Grosso do Sul, mostra a vítima algemada sendo agredida com tapas, socos e chutes.
Enquanto o policial agride a vítima, uma empresária de 44 anos, é possível ver outros três homens observando a cena.
“VIOLÊNCIA POLICIAL CONTRA MULHER GRÁVIDA”
O segundo-tenente André Luiz Leonel Andrea, comandante do 3º Pelotão em Bodoquena foi flagrado em vídeo de câmeras de segurança dando socos e chutes contra uma mulher que estava algemada. E ocorreu dentro do quartel da PM de Bonito (MS). pic.twitter.com/XeBNtUX1b4— Lázaro (@lazarojribeiro) November 22, 2020
Segundo informações do UOL, a mulher estava em Bonito com três de seus quatro filhos para comemorar o próprio aniversário.
De acordo com a mulher, que não teve a identidade divulgada, a confusão teve início em um restaurante. Ela conta que fez o pedido e a comida demorou a ficar pronta, causando desconforto em uma das filhas, que é autista.
“Com ela no colo, fui perguntar se já estava pronto. Uma funcionária disse para sentar um pouco. Passou mais de uma hora e meia e minha bebê surtou, claro, pois estava com fome. Fui questionar o motivo de tanta demora e se podiam dar algo para dar bebê, que estava aos prantos”, disse.
A vítima diz que foi empurrada pela funcionária, mesmo com a criança de três anos no colo: “Ela ainda xingou a minha bebê de ‘verme de sociedade’. Eu caí com a bebê, a deixei no chão e fui para cima dela”.
Quem separou a briga foi uma outra filha da empresária, de 17 anos. Além das duas, um garoto de seis anos também estava no restaurante.
A mulher diz que, de volta à pousada, um segundo-tenente da PM bateu na porta do quarto em que ela estava e a puxou pelos cabelos. Algemada, ela foi conduzida para a delegacia sob alegação de desacato.
As agressões foram feitas na frente dos filhos da vítima, e teriam sido provocadas após ela saber que os filhos seriam levados pelo Conselho Tutelar para um abrigo. “Eu entrei em desespero. Nem me deixaram ao menos ligar para alguém. Me senti indefesa”, afirmou.
A empresária ficou presa por 48 horas pelo suposto crime de desacato. Ela afirma que não foi possível registrar o boletim de ocorrência e que não foi ouvida pelo delegado. A vítima conta que não realizou exame de corpo de delito pois o serviço não estava disponível no momento.
Posicionamento da PM
A PM informou ter identificado os envolvidos e ter aberto inquérito para apurar as circunstâncias das agressões. A corporação alega que a empresária foi presa por “desacato, danos ao patrimônio, ameaça, resistência à prisão e embriaguez”.
De acordo com a Polícia Militar, a confusão teve início “após uma equipe policial militar ser acionada para contê-la, após a mesma, supostamente, ter ameaçado atear fogo no local, ameaçado de morte os proprietários e quebrado garrafas dentro do estabelecimento”.
A vítima nega as acusações. “Eles não sabem o que falar. Sabem que erraram. Eu só queria um prato de comida para dar a minha filha”.
*Com informações da UOL