“Político vaidoso tem vida curta”, diz prefeito reeleito de Rio Verde
O prefeito reeleito de Rio Verde, Paulo do Vale (DEM), disse em entrevista na manhã…
O prefeito reeleito de Rio Verde, Paulo do Vale (DEM), disse em entrevista na manhã desta segunda-feira (14) que foi abandonado pelo MDB após a eleição para governador em 2018. Ele afirmou que o “abandono” seria consequência do posicionamento a favor da aliança do partido com o DEM para eleição de Ronaldo Caiado (DEM) e atribui sua expulsão do partido à “vaidade“. Paulo do Vale foi reeleito com 45.580 votos.
“Fui abandonado pelo MDB. A verdade foi essa. Lutamos até o último momento para que pudéssemos continuar com a composição com o DEM [feita em 2014]. No entanto, Daniel Vilela (MDB) viu que era o momento dele e depois nos penalizou”, apontou. Paulo do Vale citou os nomes de Ernesto Roller e Adib Elias. Os três foram expulsos do partido em 2019 após de decisão do Conselho de Ética pelo fato de não terem apoiado Daniel para governador.
Sem citar diretamente Daniel Vilela, Paulo disse que “político vaidoso tem vida curta“. Questionado se seria em referência ao presidente do MDB, tergiversou e afirmou se tratar de “todos que se enquadram nisso”.
“Tivemos uma coligação produtiva em 2014. Infelizmente não caminhou do jeito que queríamos. Daniel poderia ser vice governador ou senador. O político que erra traz prejuízo muito grande para a população”, afirma.
Reeleição
No entanto, Paulo do Vale diz não acreditar que a mudança do MDB para o DEM tenha atrapalhado sua campanha à reeleição. Segundo ele, o maior empecilho foi a própria “reeleição”. O prefeito argumenta que pesquisas já indicavam que eleitores de Rio Verde têm dificuldades em apoiar a reeleição de prefeitos no município.
“A população tem razão em não querer reeleger prefeito. Pois, já houve problemas com isso no passado. Além disso, houve alta abstenção na cidade. Mais de 37 mil não foram às urnas. Foi uma eleição totalmente atípica. A partir de agora, vamos trabalhar para quebrar esse paradigma da população não querer reeleger”, explicou.
Ele afirmou que, apesar disso, o eleitor é mais atento, por acompanhar os políticos pelas redes sociais. E que quer saber de ações. “Não sou ligado a nenhum político tradicional. A população vê o dia a dia, se o político está trabalhando ou não”, diz se referindo à sua reeleição em entrevista à Rádio Sagres FM.