Foi após receber uma denúncia anônima que a Polícia Civil de Bela Vista de Goiás localizou, em uma fazenda que fica distante 25 quilômetros da cidade, o corpo de um homem que havia sido assassinado e enterrado em um brejo na noite do último sábado (31). Ao ser preso, o caseiro da fazenda, Cleivivan Alves Ferreira, de 29 anos, confessou o assassinato, e disse que cometeu o crime porque a vítima teria feito gracejos com sua esposa.
De acordo com o Delegado Alexandre Lourenço, titular de Bela Vista de Goiás, na tarde desta quarta-feira (04) uma pessoa ligou na delegacia e falou que um assassinato teria ocorrido em uma fazenda no final de semana após uma briga entre o caseiro e um peão. Ao chegarem na propriedade relatada, Cleivivan Alves confirmou que teria tido uma discussão com um peão que prestava serviços a ele esporadicamente, mas alegou que o mandou embora no início da semana para evitar algo pior.
“Nós não acreditamos na versão dele, fizemos uma vistoria na sede e encontramos várias roupas da vítima. Ouvimos então a esposa do caseiro e ela também entrou em várias contradições. Foi quando resolvemos fazer uma busca pela propriedade e encontramos enterrado superficialmente em um brejo que fica às margens de uma lagoa o corpo do peão”, relatou Alexandre Lourenço.
O delegado disse ainda que para que o corpo não exalasse mau cheiro, o gerente da fazenda o enrolou em três diferentes tipos de embalagens plásticas. Após o encontro do corpo, Cleivivan, segundo o titular de Bela Vista de Goiás, confessou ter matado a vítima com machadadas após o peão dar uma cantada sua esposa.
A mulher do gerente, de acordo com o que apurou a polícia, não teria tido participação no crime, uma vez que bebeu tanto que logo adormeceu. O corpo da vítima foi trazido para Goiânia no início da madrugada desta quinta-feira (05) a fim de ser identificado, já que nem mesmo o caseiro sabe qual é o nome completo dele.
Cleivivan foi autuado em flagrante por homicídio e ocultação de cadáver. “Não fosse a denúncia e a rápida ação de nossos policiais jamais saberíamos desse crime e também teríamos poucas chances de encontrar o corpo”, concluiu Alexandre Lourenço.