CONTRÁRIO

‘Por mim, não teria Carnaval’, diz Bolsonaro sobre festividade em 2022

Bolsonaro também voltou a se isentar das mortes provocadas pela pandemia

PF afirma que Bolsonaro cometeu crime em vazamento de inquérito sobre TSE - (Foto: Agência Brasil)

Bolsonaro se manifestou contrário a realização do Carnaval 2022. A fala do presidente sobre a principal festividade do país, ocorreu nesta quinta-feira (25/11), durante um entrevista à Rádio Sociedade da Bahia.

“Por mim, não teria Carnaval, mas tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), quem decide são os governadores e prefeitos”, disse.

Bolsonaro declarou que tentou impedir que as festividades ocorressem no ano passado, mas teria sido ignorado pelos prefeitos e governadores. “Não quero aprofundar nessa que poderia ser uma nova polêmica. Em fevereiro do ano passado, ainda estava engatinhando a questão da pandemia, pouco se sabia, praticamente não tinha óbito no Brasil, eu declarei emergência e os governadores e prefeitos ignoraram, fizeram Carnaval no Brasil”, prosseguiu.

Apesar disso, a declaração do presidente apresenta controvérsias: a situação de emergência foi declarada em 6 de fevereiro de 2020 e as festividades ocorreram de 21 a 29 de fevereiro. O documento, entretanto, só reconhece a situação de calamidade do Brasil em 18 de março, dia que foi publicado.

Bolsonaro se isenta, mais uma vez,  das mortes causadas pela pandemia

Ainda durante a entrevista, Bolsonaro voltou a se isentar das mortes decorrentes da Covid-19. “Não tenho culpa disso. Não estou me esquivando nem culpando outras pessoas. É uma realidade, é uma verdade. Todo o trabalho de combate à pandemia coube aos prefeitos e governadores. Para mim, o que coube: mandar recursos para estados e municípios. No total, gastamos no ano passado R$ 700 bilhões”, afirmou o chefe do Executivo Federal.

Eleições 2022: Bolsonaro quer chapa em SP com ministros

Para filiar Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, deixou costuras da eleição paulista nas mãos do mandatário e aceitou lançar Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) para o Governo de São Paulo.

A definição da chapa, porém, depende ainda de uma resposta do ministro, que resiste enfrentar a empreitada. A expectativa no entorno do presidente, é que Tarcísio dê uma resposta até o dia 30, quando Bolsonaro se filiará ao PL.

A chapa dos sonhos de Bolsonaro tem Tarcísio para o governo do estado e Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, para o Senado.

*Com informações do Metrópoles