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Após 13 anos sem reajustes de preços, a Petrobras resolveu aumentar o GLP (gás de botijão) a partir desta terça-feira. Na segunda-feira, a estatal comunicou às distribuidoras que aumentou em 15% o preço do produto vendido em suas refinarias.
De acordo com estimativas do mercado, a expectativa é que esse reajuste seja repassado integralmente ao consumidor. Com isso, o IPCA, índice de inflação que baliza as metas do governo, deve subir 0,16 ponto percentual numa taxa esperada de 9,29% este ano.
No caso do INPC, que capta os efeitos da inflação em lares de menor renda, o reflexo será maior, de 0,26 ponto percentual. O aumento do gás vai anular a redução na conta de luz, de aproximadamente 2%, que virá com o corte de 18% na bandeira vermelha incluída na conta.
Atualmente, são vendidos 35 milhões de botijões por mês no Brasil por meio de 21 distribuidoras. O aumento no preço do GLP ocorre quando vem caindo a cotação do petróleo no mercado internacional.
Como o último reajuste ocorreu em dezembro de 2002, a Petrobras ficou com defasagem média de 40% nos últimos anos com a venda do produto, segundo o Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE). Só em julho deste ano, o GLP estava sendo vendido no país 17% mais barato em relação ao mercado internacional.