Mudando de lado

Prefeito do PT declara voto para Marconi Perillo

Mesmo ameaçado de ser expulso da legenda, ele opta em seguir com o tucano e não com o candidato de sua sigla.

Um fato intrigante tem ocorrido nas eleições para o Governo de Goiás: a adesão espontânea de adversários tradicionais a um dos candidatos. É o caso legitimado neste final de semana por José da Silva Faleiro, prefeito de Silvânia eleito pelo PT, mas que apoia Marconi Perillo (PSDB).

Mesmo ameaçado de ser expulso da legenda, ele opta em seguir com o tucano e não com o candidato de sua sigla.  E não é o único. Uma miríade de políticos resolveu aderir. Para isso, alega que Perillo tem sido republicano e atendido as demandas das prefeituras.  “Quando fui eleito, o governador me recebeu de braços abertos e mostrou que governava para o povo e não para os partidos”, disse o gestor de Silvânia.

Conforme o petista,  o atual governador modernizou Goiás e, independente de partido, ele tem que aplaudir aqueles que agiram corretamente.  “O governador é responsável pela modernização deste Estado. Goiás, hoje, é outro: cresceu de forma extraordinária e tenho certeza de que Marconi fará muito mais nos próximos quatro anos”, afirmou. José Faleiro.

FENÔMENO

No caso da base aliada, o fenômeno da adesão é novo em sua intensidade. Nem mesmo quando a coordenação política do grupo estava nas mãos do competente ex-deputado e ex-secretário Fernando Cunha, falecido em 2011, a situação era tão prática e perfeita para os candidatos da base.  

Cunha é que fazia o trabalho de aproximação com prefeito s políticos e encontrava, não raro, dificuldades até mesmo com políticos do coligado DEM.

Agora, a coordenação política está descentralizada e apresenta resultados nunca antes vistos.

É o caso das adesões de prefeitos do PMDB e do PT, cujo maior exemplo ocorreu neste final de semana.