De braços abertos

Prefeitura de Goiânia acolhe 50 jovens estudantes refugiados da Síria e do Líbano

Iniciativa do prefeito Paulo Garcia vai de encontro ao desejo de representantes da comunidade sírio-libanesa, que estiveram na manhã desta terça-feira, 15, no Paço Municipal. O gesto humanitário foi motivado pela tragédia que ocorre naquele território


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O prefeito Paulo Garcia se reuniu com representantes da comunidade sírio-libanesa nesta terça-feira (15/09) para decidir a melhor forma de acolher 50 estudantes refugiados sírio-libaneses.

Dentre os jovens, 25 são do Líbano e 25 da Síria. Eles estão vivendo fora de seus domicílios na condição de refugiados. A Prefeitura de Goiânia, em parceria com uma instituição universitária local, busca viabilizar bolsas de estudo para que eles possam concluir um curso superior.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Goiânia, foi encaminhando um ofício ao Ministério da Justiça para que a tramitação legal de acolhimento dessas pessoas, com o visto de permanência no País, seja viabilizada pelo Brasil. “Acho que Goiânia vai dar um pequeno exemplo para todo o mundo de que juntos nós podemos solucionar várias demandas e obstáculos que a humanidade vive nesse momento”, afirmou o prefeito.

De acordo com o Cônsul da Síria, Jamal Elias, durante a guerra já foram destruídas cerca de seis mil escolas na Síria. Em agradecimento, o Cônsul afirmou que esse foi um gesto nobre de um político sensibilizado com os problemas motivados pelo terrorismo e pelas sanções econômicas que estão sendo colocadas sobre o povo sírio. “O prefeito Paulo Garcia mostrou que é um político de coração, do bem, que pensa na humanidade e nos problemas sociais do mundo inteiro e não só aqui no Brasil”, enfatizou o diplomata.

O presidente da Liga Cultura Gibran Kalil Gibran, Sassine Ibrahim Chehoud, que também  esteve presente afirmou que nunca se emocionou tanto em uma reunião como hoje e agradeceu a iniciativa em nome das comunidades sírio-libanesa e árabe. Ainda de acordo com ele, a iniciativa de Goiânia de acolher refugiados dentro de suas possibilidades “representa mil vezes mais” do que os países europeus estão oferecendo. “Nós estamos felizes não somente por socorrer os refugiados, mas por sentirmos que existem homens que podem reverter a situação desse mundo”, concluiu.