FALTA DE EMPATIA

Prefeitura recolhe colchões e barracas de população de rua em São Paulo

Um vídeo compartilhado por Guilherme Boulos (PSOL) no Twitter mostra equipes da Prefeitura de São…

Um vídeo compartilhado por Guilherme Boulos (PSOL) no Twitter mostra equipes da Prefeitura de São Paulo removendo colchões e barracas que pertenceriam a pessoas em situação de rua. Segundo a mulher que gravou a ação, ela teria acontecido na quinta-feira (4), no centro da cidade.

O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo e coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) criticou a remoção. “Absurdo!”, escreveu.

A prefeitura se manifestou por meio de nota sobre o ocorrido e disse lamentar e repudiar “a exploração política de um dos principais desafios sociais dos grandes centros urbanos”. “Comparar operações administrativas e públicas a qualquer tipo de violência é um ato de sensacionalismo”, completa.

O comunicado da prefeitura explica que o decreto Nº 59.246/20 estabelece que a população em situação de rua pode ter objetos pessoais, mas não pode deixá-los em locais públicos.

“É vedada a retirada de pertences pessoais, como documentos, bolsas, mochilas, roupas, muletas e cadeiras de rodas. Podem ser recolhidos objetos que caracterizem estabelecimento permanente em local público, principalmente quando impedirem a livre circulação de pedestres e veículos, tais como camas, sofás, colchões e barracas montadas ou outros bens duráveis que não se caracterizem como de uso pessoal”, diz o decreto.

Na última terça-feira (2), o Padre Júlio Lancelotti chamou a atenção para outra ação da prefeitura que também visava evitar a pernoite da população em situação de rua. Ele quebrou a marretadas algumas das pedras que foram colocadas pela prefeitura embaixo do viaduto Dom Luciano Mendes e Almeida, no bairro do Tatuapé.

A denúncia do Padre Júlio Lancelotti teve grande repercussão nas redes sociais e uma equipe da prefeitura removeu as pedras do local quatro dias depois de elas terem sido colocadas.

Assista ao vídeo: