Presa dupla que matou dono de loja de veículos e amigo, em Goiânia
Suspeita é que o crime tenha sido encomendado de dentro de penitenciária em Aparecida de Goiânia. E que a vítima teria dívidas com uma facção criminosa
Dívidas com membros de uma facção criminosa, segundo a Polícia Civil (PC), teriam motivado, em fevereiro passado, o assassinato do dono de uma loja de veículos no Setor Parque Oeste Industrial, em Goiânia. Paulo Eurípedes Caetano, de 35 anos, o “marelo”, e o amigo dele Diego Lopes de Sousa, de 38 anos, foram executados a tiros. Os assassinos, Bruno Thiago Loose Sousa, e Jack Nicholson Lopes do Nascimento, foram filmados cometendo o crime e agora estão presos.
A polícia identificou os dois pelas imagens da câmera de segurança. Em depoimento, os dois presos confessaram o crime, e relataram que receberiam, cada um, R$ 1.500 pela morte do comerciante. Diego Lopes só teria sido morto porque estava ao lado do alvo dos atiradores. A polícia tem indícios de que o crime teria sido encomendado por um condenado que cumpre pena no Sistema Prisional, em Aparecida de Goiânia.
“Este agora será o segundo passo da investigação, até porque os executores sequer sabem quem os teria contratado, apenas fazem o serviço para receber depois”, relatou o delegado Ernande Cazer, adjunto da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH).
O veículo utilizado foi roubado uma semana antes do crime, em Goiânia. Horas depois das execuções, o carro foi encontrado incendiado em uma mata no Setor Rosa dos Ventos, em Aparecida de Goiânia, a poucos metros da casa de Jack Nicholson. O adolescente que dirigia o carro também foi apreendido.
Paulo Eurípedes, que foi preso no ano passado durante uma ação da Delegacia Estadual de Repressão aos Narcóticos (Denarc), teria sido morto porque estaria devendo membros de uma facção criminosa. Segundo o delegado, como alguns veículos que estavam na garagem dele foram apreendidos durante a operação da Denarc, a suspeita é que, após ser solto, “Marelo” não teria arcado com o prejuízo sofrido pela quadrilha. Paulo Eurípedes, concluiu o adjunto da DIH, era investigado por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.