Presidente da Argentina é indiciada com base em denúncia de promotor morto
Alberto Nisman apontava Cristina Kirchner como suspeita de encobrir participação de iranianos em atentado a centro judaico
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A presidente da Argentina Cristina Kirchner foi indiciada nesta sexta-feira com base na denúncia feita pelo promotor Alberto Nisman de que ela teria acobertado, junto com outros colaboradores, a participação de iranianos no atentado contra um centro judaico de Buenos Aires em 1994. A denúcia foi apresentada por Nisman quatro dias antes do promotor ser encontrado morto em seu apartamento.
O promotor federal Gerardo Pollicita analisou as quase 300 páginas da investigação realizada por Nisman e concluiu que se deve “iniciar a investigação pertinente com o objetivo de verificar, com base nos elementos de convicção que sejam incorporados (…), a existência do fato e, consequentemente, se o mesmo pode ser penalmente imputado aos responsáveis”.
Tudo que Pollicita descobrir será apresentado ao juiz Daniel Rafecas, magistrado federal que irá decidir se o caso será rejeitado ou enviado a julgamento. Esta decisão é considerada significativa pois permite uma análise mais detalhada da investigação que o promotor Alberto Nisman estava trabalhando antes de ser encontrado morto no dia 18 de janeiro.
De acordo com informações do jornal argentino Clarín, além da presidenta, foram citados na denúncia o chanceler Héctor Timerman, o dirigente do governo Luis D’Elia, o deputado Andrés Larroque, Alejandro ‘Yussuf’ Khalil, Héctor Luis Yrimia, o ex-promotor responsável pelo caso do atentado, Fernando esteche e uma pessoa identificada como Allan, que seria o agente de inteligência Allan Héctor Ramón Bogado.