Presidente da Câmara diz que ministro da Educação é um desastre
Maia participou de um debate sobre a agenda econômica, promovido pelo CLP - Liderança Política, em São Paulo
O presidente da Câmara, deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (30), que é necessário estabelecer as diferenças entre os ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Abraham Weintraub, da Educação.
Na quarta, Maia fez críticas a ambos durante o Latin America Investment Conference 2020, promovido pelo banco Credit Suisse, em São Paulo.
Nesta quinta, ele baixou o tom em relação ao titular do Meio Ambiente. Sobre o trabalho de Weintraub, porém, Maia manteve a avaliação de que a Educação vai mal e que as consequências serão longas.
Maia participou de um debate sobre a agenda econômica, promovido pelo CLP – Liderança Política, em São Paulo.
“O ministro da Educação atrapalha o Brasil, atrapalha o futuro das nossas crianças, está comprometendo o futuro de muitas gerações. A cada ano que se perde com a ineficiência , com discurso ideológico, com a péssima qualidade na administração, [isso] acaba prejudicando os anos seguintes da nossa sociedade”, afirmou, após debate sobre a agenda econômica.
A relação entre Maia e Weintraub piorou no final do ano passado, com a exoneração de Rodrigo Dias do cargo de presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Dias havia sido indicado pelo presidente da Câmara.
Ainda segundo o político, o ministro Ricardo Salles, de fato, radicalizou no ano passado, estremecendo as relações com entidades do setor. Ainda assim, Maia avaliou o ministro como um quadro de muita qualidade.
“Apenas acho que como ele conduziu no ano passado, para ele restabelecer essa relação não será simples”, disse.
“Então, não é uma crítica ao ministro, mas uma crítica se ele vai saber dialogar com os segmentos.”
Já o ministro da Educação, para o presidente da Câmara, seria um desastre. “Acho que ele brinca com o futuro de milhares de crianças, mas, se vai demitir ou exonerar, isso não é problema meu.”
Maia também afirmou que suas avaliações sobre a qualidade dos ministros não deveriam ser entendidas como críticas ao presidente Jair Bolsonaro, com quem diz ter atingido um ótimo relacionamento.