Presidente do CPI decide banir delegação russa de Jogos Paralímpicos
No total, 44 atletas paraolímpicos estão envolvidos no escândalo, segundo o CPI - mas 17 das 45 amostras referem-se a esportes que não estão no programa dos Jogos Paralímpicos.
O presidente do Comitê Paralímpico Internacional (CPI), Philip Carven, confirmou neste domingo, no Rio, que a entidade decidiu, por unanimidade, banir toda a delegação da Rússia dos Jogos Paralímpicos, que serão disputados de 7 a 18 de setembro, depois das Olimpíadas.
O CPI tomou uma decisão que o Comitê Olímpico Internacional (COI) evitou, quando optou por não suspender toda a delegação da Rússia dos Jogos do Rio, deixando a decisão para cada uma das delegações esportivas.
Segundo Carven, a análise feita pelos membros do conselho do CPI sobre o Relatório McLaren, somada a investigações adicionais, demonstraram que os fatos apurados pelo advogado canadense Richard McLaren a pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) também ocorreram no esporte paraolímpico.
O relatório revelou que o governo russo fraudou testes de laboratório para beneficiar seus atletas em dezenas de competições, incluindo os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sochi, na Rússia. Com base nas conclusões da investigação conduzida por McLaren, a Wada havia pedido que nenhuma delegação russa estivesse na Rio 2016.
“O relatório McLaren marcou um dos dias mais escuros da história de todo o esporte”, disse Carven, em entrevista coletiva no Rio. Segundo o presidente do CPI, o relatório identificou 35 amostras de exames antidoping relacionados a atletas paraolímpicos.
A investigação ainda está em curso e, no sábado, a entidade foi informada pela equipe de McLaren de que há mais dez amostras envolvidas. No total, 44 atletas paraolímpicos estão envolvidos no escândalo, segundo o CPI – mas 17 das 45 amostras referem-se a esportes que não estão no programa dos Jogos Paralímpicos.