Presidente do PSB pede que Kajuru se desfilie do partido
Em carta, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, sugeriu ao senador goiano Jorge Kajuru…
Em carta, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, sugeriu ao senador goiano Jorge Kajuru que se desfilie do partido. O motivo é apoio do parlamentar ao decreto presidencial que flexibiliza o porte e a posse de armas de fogo no país. O texto sugere que o senador continue o mandato fora da sigla e se alie a outra instituição partidária “que possa lhe propiciar total liberdade”.
“Seria mais adequado dar prosseguimento ao mandato sem manter vínculo de filiação com o PSB ou, eventualmente, se filiando a instituição partidária que possa lhe propiciar total liberdade, para se comprometer com as agendas políticas que lhe pareçam as mais adequadas a suas perspectivas”, sugeriu na carta. Contrário à proposta do Governo Federal, o PSB ingressou, no dia 11 de abril, no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para suspender os efeitos do decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
No texto, Carlos Siqueira relembrou um vídeo em que Kajuru afirma que o partido o respeita e que o presidente da sigla teria dado independência. No entanto, Siqueira informou que não teve essa conversa e ficou “extremamente surpreso com a afirmação”. “A independência aludida não poderia ser outorgada a quem e por quem quer que fosse, visto que, nas instituições partidárias devemos ser todos, indistintamente, servidores de um ideário comum, de convicções político-ideológicas definidas programaticamente”, diz.
E que o partido carrega entre seus símbolos a pomba da paz, do pintor Pablo Picasso. “Porque é uma instituição pacifista desde seu nascedouro, e que, consequentemente, descrê por completo que armar a população civil possa produzir qualquer tipo de solução, mesmo para os fins de segurança”. De acordo com o presidente, os parlamentares do PSB sempre tiveram ampla liberdade para exercer os mandatos, mas ao mesmo tempo é um “partido que nunca aceitou e não aceita ser uma associação de indivíduos, que não compartilham uma visão de mundo em comum”.
O Mais Goiás tentou contato com o senador, mas até o fechamento da matéria não tivemos retorno.