Preso em flagrante, agressor de Bolsonaro foi autuado pela lei de segurança nacional, diz PF
A lei diz que "se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até o dobro". Segundo agente da PF, Bispo confessou o crime
Adelio Bispo de Oliveira, 40, que deu uma facada no candidato a presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (6), foi preso em flagrante por homens da Polícia Federal que faziam a segurança do presidenciável após a agressão.
Adelio Bispo foi transferido da delegacia da PF em Juiz de Fora para um presídio local às 2h desta sexta. O flagrante foi lavrado na delegacia de Polícia Federal em Juiz de Fora, no centro da cidade mineira.
Há a expectativa de que ele seja ouvido já nesta sexta (7) em uma audiência de custódia na Justiça Federal no município. Em tese, a audiência só ocorreria no próximo dia útil, mas a PF e correligionários de Bolsonaro tentam acelerar o processo.
As informações são de um agente da PF que integra a equipe que cuida do inquérito e que conversou com a reportagem sob condição de que seu nome não fosse divulgado.
De acordo com esse agente, Bispo confessou a agressão.Ele foi autuado no artigo 20 da Lei de Segurança Nacional.
O artigo diz que é crime com pena de reclusão de três a 10 anos quem “devastar, saquear, extorquir, roubar, sequestrar, manter em cárcere privado, incendiar, depredar, provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas”.
A lei diz ainda que “se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até o dobro”. Em caso de morte, a pena pode ser aumentada em até o triplo da pena inicial.
Lucas Vettorazzo/Folhapress | Foto: divulgação/PMMG/Fotos Públicas