Preso no regime semiaberto, deputado carioca é barrado em presídio com queijo e biscoitos na cueca
Preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda, em Brasília (DF), desde junho deste…
Preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda, em Brasília (DF), desde junho deste ano, depois de ser condenado a sete anos e dois meses, o deputado federal Celso Jacob (PMDB) foi flagrado entrando na cadeia com um queijo provolone e dois pacotes de biscoitos escondidos na cueca, no domingo. As informações são do jornal O Dia.
Celso foi condenado pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em 28 de junho, por falsificação de documento público e dispensa de licitação. Os crimes foram cometidos em 2003, quando ele era prefeito de Três Rios, no Rio de Janeiro, e, segundo a denúncia, o ajudaram a se reeleger. O deputado cumpre pena em regime semiaberto mas, por decisão da Câmara, não perdeu o mandato. Durante o dia dá expediente no Congresso e, à noite, volta para dormir na cadeia.
Segundo o relatório da direção do presídio, Celso Jacob havia saído no último sábado e, quando voltou no dia seguinte, os agentes penitenciários encontraram as guloseimas durante a revista. Indagado se havia mais alguma coisa guardada, Celso negou e disse que “estava com fome e que não iria mais tentar entrar com alimentos”. Depois do queijo desidratado, os agentes encontraram um pacote de biscoito light e um de biscoito caseiro. A irregularidade rendeu a Celso a punição de sete dias no isolamento pelo diretor-adjunto do CDP, Vanderley Melo Alcântara.
Por meio de nota, a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social informou que Celso Jacob foi levado imediatamente para o isolamento. E, por conta do episódio, foi aberto um inquérito disciplinar para apurar o caso. Procurado, o advogado do deputado federal, Thiago Machado, não retornou às ligações da reportagem e nem respondeu mensagens.
O deputado não pode se candidatar a cargo público nos próximos sete anos e dois meses, nem exercer o direito de voto em 2018, mas pode propor e votar leis, além de participar de discussões em plenário. Jacob continua com seu gabinete, tem funcionários à disposição, e um salário de R$ 34 mil.