Cinco pessoas foram presas pela Polícia Civil suspeitas de envolvimento no incêndio que destruiu completamente, no último dia 10 de agosto, o Fórum de Goiatuba, cidade distante 160 quilômetros de Goiânia. Pelo que apurou a polícia, o crime teria sido encomendado por Waldemar Tassara Macedo, que foi condenado no mês passado por homicídio, e que teria sua prisão preventiva expedida naquela data.
De acordo com o que apurou o delegado Regional de Itumbiara Gustavo Carlos Ferreira, após descobrir que o mandado de prisão contra sua pessoa — que tinha sido assinado no dia 3 de agosto pela juíza de Goiatuba — foi enviado no dia 9 para a escrivaninha a fim de ser impresso para que fosse cumprido, Waldemar contratou Selmo Felizardo Rodrigues Chagas Junior de 25 anos. Após promessa de que receberia R$ 10 mil pelo trabalho, Selmo contratou e levou em sua camionete Thales José Martins Miranda, de 27 anos, e Rudieri Albertine Alves Pádua de Paula, de 18, ao Fórum. Após renderem o vigia, Thales e Rudiere, que já chegaram ao local com dois galões de etanol, atearam fogo no prédio e fugiram.
O celular roubado do vigilante foi vendido para Amauri Angelo Oliveira Sousa, que também foi preso. “O que mais chamou a atenção é que todos os envolvidos já acumulam várias passagens pela polícia e por crimes graves, como roubos, tráfico de drogas e assassinatos”, destacou o delegado regional de Itumbiara.
Para o desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, o crime, descrito por ele como uma afronta ao Poder Judiciário, tem prejuízo imensurável. “Eles destruíram não só todo o prédio mas 10 mil processos que ainda não sabemos se conseguiremos recuperá-los”, destacou. Amauri Angelo responderá somente pela receptação, mas os outros quatro presos foram indiciados por incêndio qualificado danoso, tentativa de latrocínio, dano, supressão de documentos e associação criminosa. A polícia recuperou o colete balístico do vigilante mas ainda não encontrou o revólver calibre 38 que também foi roubado dele.