PRF diz que não há levantamento de acidentes em rodovias de Goiás após retirada de radares móveis
De acordo com o Governo Federal, a retirada teve o intuito de evitar "desvirtuamento do caráter educativo" e "a utilização meramente arrecadatória dos aparelhos"
Os radares móveis foram retirados das rodoviais federais brasileiras em 15 de agosto deste ano, atendendo a uma ordem do presidente Jair Bolsonaro. O Mais Goiás entrou em contato com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em busca de dados sobre o número de acidentes nas rodovias federais em Goiás após a medida. A reportagem foi informada que este levantamento não foi feito.
Entretanto, reportagem do G1 Auto Esporte do dia 25 de novembro apontou para o aumento de ocorrências em todo o país com dados da corporação. Entre 16 de agosto e 31 de outubro, foram registrados 14.629 acidentes, uma alta de 7,2% em relação ao mesmo período de 2018.
O número de mortos também subiu na mesma comparação. Passou de 1.089 para 1.102, um aumento de 1,19%. O volume de feridos também teve alta, de 7,1%, indo de 15.726, em 2018, para 16.843.
De acordo com o Governo Federal, a retirada teve o intuito de evitar “desvirtuamento do caráter educativo” e “a utilização meramente arrecadatória dos aparelhos”.
A volta dos radares
A volta dos radares foi determinada no dia 12 de dezembro, respondendo a solicitação do Ministério Público Federal (MPF). A decisão de foi do juiz Marcelo Gentil Monteiro, da 1ª Vara Federal Cível do Distrito Federal.
Entretanto, o governo solicitou a ampliação do prazo, depois de ouvir a PRF. A proposta foi acatada pelo mesmo juiz e a determinação deve ser cumprida até o dia 23 de dezembro. A União argumentou que havia dificuldades para o cumprimento do prazo estabelecido pela justiça. Entre elas estava a distribuição dos equipamentos em todo o país e a manutenção dos radares de acordo com as determinações legais.
Foram ressaltadas ainda a necessidade da habilitação do sistema para o processamento de multas e providências contratuais e “providências contratuais para expedição das notificações e das penalidades”.
A PRF se manifestou sobre a decisão por meio de nota, afirmando que o novo prazo foi solicitado em virtude da necessidade de adoção de medidas administrativas. A corporação informou também que já começou a tomar as providências necessárias para garantir o cumprimento da determinação judicial.
A Advocacia-Geral da União anunciou que vai recorrer da decisão.
Com informações de G1 Auto Esporte.