Procuradoria denuncia assessor especial de Bolsonaro por crime de racismo
Filipe Martins pode ser condenado à prisão, ao pagamento de multa e à perda da função pública
A Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, sob a acusação de crime de racismo.
Ficou evidenciado, segundo a Procuradoria, que o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro, ao fazer gesto apontado como racista durante uma sessão do Senado em março, “agiu de forma intencional e tinha consciência do conteúdo, do significado e da ilicitude”.
Martins responderá segundo a lei de crimes raciais por ter “praticado e induzido a discriminação e o preconceito de raça”.
Ao se defender nos autos, ele afirmou que não teve a intenção e que estava apenas ajustando o terno. A Folha entrou em contato com a Presidência, mas ainda não houve resposta.
Na peça datada desta terça-feira (9), o Ministério Público Federal afirmou que a conduta de Martins foi agravada pela violação do dever funcional inerente ao cargo público que ocupa.