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Professor da UFG de Jataí é investigado por abusar de aluna em Goiânia

A Polícia Civil investiga a denúncia de uma estudante de Veterinária do campus de Jataí…

A Polícia Civil investiga a denúncia de uma estudante de Veterinária do campus de Jataí da Universidade Federal de Goiás (UFG) que acusa um professor da unidade de estuprá-la. O caso teria acontecido em dezembro do ano passado, mas só agora, após acompanhamento psicológico, a vítima teve coragem de denunciar o caso.

A titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Ana Elisa Gomes Martins, responsável pelo caso, explica que, até o momento, apenas a estudante foi ouvida. Em seu depoimento, ela afirmou que estava hospedada junto com o professor em Goiânia, para onde vieram para um congresso. Em determinada noite, depois que eles foram beber em um bar, a estudante diz ter acordado com ele nu sobre o corpo dela.

De acordo com a delegada, a vítima chegou a procurar a delegacia de Jataí para registrar a ocorrência, no entanto, como o caso ocorreu em Goiânia, a investigação ficará a cargo da Polícia Civil da capital. No momento, as apurações ainda estão em estágio inicial. “Nós agora precisamos ouvir as testemunhas e ainda não há laudos periciais”, ressalta, explicando o motivo de maiores detalhes sobre o caso não serem divulgados.

Por nota, a direção da Regional Jataí da Universidade Federal de Goiás informou que “tem ciência e que tomou todas as providências cabíveis” no caso relatado. Ainda conforme o texto, a instituição recebeu a denúncia oficialmente em abril de 2017, por meio de sua ouvidoria. “Desse momento em diante os trâmites legais têm sido realizados, inclusive a abertura de um processo Administrativo Disciplinar (PAD) e formação de comissão para atuar no caso, com o direito a ampla defesa a fim de apurar os fatos contidos na denúncia e aplicar as sansões cabíveis de acordo com a legislação do serviço público federal”, ressalta.

Em outra nota, professoras de Medicina Veterinária da regional Jataí da UFG declararam repúdio ao possível crime, “supostamente cometido por um professor deste curso contra uma estudante desta instituição”. As servidoras também posicionam-se “a favor do enfrentamento à cultura do estupro, à violência de gênero, asseverando que não toleram a banalização de um crime hediondo ou ainda qualquer tipo de violência perpetrada por um professor em desfavor de uma aluna”. Por fim, elas solicitam à UFG urgência na execução de medidas de combate à violência de gênero no ambiente universitário.