Professor de SP é afastado após praticar ato obsceno em videoaula
Após denúncias de alunos, outro docente da rede de escolas técnicas públicas de SP também foi afastado por assédio e envolvimento com aluna
Dois professores de escolas técnicas públicas de São Paulo foram afastados de suas funções por conduta sexual indevida e assédio. Um dos profissionais, da ETEC Parque da Juventude, foi indiciado por ato obsceno pela Polícia Civil após ser flagrado em vídeo, em maio, masturbando-se na frente de alunos que acompanhavam uma vídeo-aula. Outro docente, da ETEC São Mateus, foi afastado após envolvimento com uma ex-aluna e diversas denúncias de assédio de menores.
Em 13 de maio, o professor de 47 anos da ETEC Parque da Juventude, na zona norte, entrou na sala de videoeconferência masturbando-se em frente aos alunos que aguardavam o início da aula remota. Segundo as autoridades policiais, ele alegou não saber que estava sendo filmado.
No mesmo dia, a direção da escola afastou o professor e bloqueou seu acesso à plataforma de aulas virtuais. Uma publicação no Diário Oficial em 16 de maio tornou público seu afastamento da instituição por 6 meses, sem prejuízo de salário ou benefícios.
Em nota, o Centro Paula Souza, que administra as escolas técnicas do estado, divulgou que a direção da unidade também abriu um processo administrativo e registrou boletim de ocorrência contra o professor na 9ª delegacia de Polícia Civil.
Com a conclusão do inquérito no 9º DP do Carandiru e indiciamento do docente por ato obsceno, o relatório será encaminhado para o Ministério Público de São Paulo. A instituição esclarece ainda que a decisão pela demissão do professor, que é funcionário público, cabe à Procuradoria Geral do Estado.
O professor é também enfermeiro com registro no conselho da classe da categoria. Os alunos o acusam de ter causado constrangimento, perturbação e danos morais.
O caso estimulou alunos das escolas técnicas da cidade a iniciarem uma campanha contra o assédio nos unidades da rede com a hashtag #EtecsContraOAssédio e uma petição online que requer a demissão imediata do profissional, já com mais de 110 mil assinaturas.
A campanha também trouxe à tona uma série de denúncias contra um professor de física da ETEC São Mateus que estaria envolvido com uma ex-aluna e teria cometido diversos assédios contra menores de idade da unidade. Entre os relatos, estudantes denunciaram comentários sexuais e gestos obscenos do professor.
Nas redes sociais, os alunos também alegam que a direção da unidade foi omissa em relação ao comportamento do funcionário durante anos e desencorajava denúncias sobre o assunto.
Após reunião com pais e professores da unidade nesta quinta-feira, a direção da unidade de São Mateus afirmou, em nota, que o professor será afastado e é alvo de procedimento administrativo.
Casos de assédio e violência sexual de menores podem ser denunciados por meio do número 100.