Professora que aguardava por cirurgia há um ano é atendida no HGG, em Goiânia
Caso foi mostrado pelo Mais Goiás há 11 dias. Mulher ficou com braço paralisado após acidente de trabalho em escola pública na cidade: limitações e dores eram constantes
A professora Alessandra Quirino Santos, de 41 anos, foi atendida na tarde desta terça-feira (17) pela equipe de ortopedia do Hospital Alberto Rassi (HGG), em Goiânia. Ela mora em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal e, há um ano, aguardava uma consulta para indicar um procedimento cirúrgico na rede pública. Com o choque, a professora lesionou o labrum superior — tecido que determina a estabilidade do ombro.
A paciente foi chamada para a consulta após a veiculação da reportagem no Mais Goiás, que mostrou, há 11 dias, o caso de espera e peregrinação por atendimento. A equipe de reportagem acompanhou o atendimento no hospital, que é referência em medicina especializada em todo o Estado de Goiás (veja vídeo).
“Ela é uma paciente nova e, apesar de ter um diagnóstico já montado anteriormente, nós vamos investigar a situação. Pedimos exames mais atualizados para que possam nos apresentar uma visão mais clara e atualizada da lesão. Hoje ela está medicada, sem dores, passamos sessões de fisioterapia, que ela poderá fazer na própria cidade pelo SUS [Serviço Único de Saúde], e vai retornar ao hospital assim que estiver com os resultados de exames em mãos”, disse o chefe de ortopedia do HGG, Frederico Rodrigues da Cunha.
Alessandra não possui força no braço, tem as ações limitadas pelas dores que sentia. Agora, apesar de ainda limitada, ela está sem dores e conseguirá dar seguimento às sessões de fisioterapia, além de realizar os exames para uma investigação mais aprofundada da equipe médica.
Ela conta estar feliz com o resultado da consulta. “Estou bem mais aliviada. Agora, com essa equipe especializada do Hospital, estou tranquila, porque tive uma conversa franca sobre o tratamento e o que os médicos precisam para que eu possa, enfim, receber o tratamento correto. Já estou voltando para Águas Lindas e lá vou conseguir fazer as sessões de fisioterapia”, conta Alessandra.
Caso
O choque que Alessandra recebeu, em março de 2017, foi provocado pela fiação exposta em uma sala de aula. Ela era coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Duque de Caxias, em Águas Lindas de Goiás. A professora foi abrir uma porta da sala de aula antes do expediente, quando recebeu uma descarga elétrica. No dia 6/07 o Mais Goiás mostrou que Alessandra sofria com a falta de atendimento e resposta do poder público.