Promotoria denuncia suspeito por chacina de motoristas de aplicativos em Salvador
O Ministério Público do Estado da Bahia denunciou nesta terça-feira (21) um dos suspeitos de…
O Ministério Público do Estado da Bahia denunciou nesta terça-feira (21) um dos suspeitos de participação na chacina de quatro motoristas de aplicativos em Salvador. O crime aconteceu no dia 13 de dezembro de 2019. Cinco motoristas dos aplicativos Uber e 99 foram atraídos para o bairro de Mata Escura, periferia de Salvador, onde foram rendidos.
Foram assassinados os motoristas Alison Damascena dos Santos, 27, Sávio da Silva Dias, 23, Daniel Santos da Silva, 31, e Genivaldo da Silva Félix, 48. Um quinto motorista de aplicativo chegou a ser rendido, mas conseguiu fugir por um matagal e avisou à polícia do crime.
Denunciado pela Promotoria, Benjamim Franco da Silva Santos é apontado como integrante da facção criminosa BDM, que controla o tráfico de drogas em alguns bairros de Salvador. Além dele, outros quatro integrantes da facção teriam participado da chacina -todos eles foram mortos.
Na avaliação do promotor de Justiça Davi Gallo, a chacina dos motoristas de aplicativo teria sido motivada por vingança. No dia anterior ao crime, um dos líderes da facção BDM teria efetuado chamadas para diversos motoristas com o objetivo de socorrer um parente enfermo. Contudo, as corridas não foram aceitas -o local é considerado inseguro- e a pessoa que seria socorrida acabou morrendo.
Benjamim Franco da Silva Santos foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas, além de roubo qualificado e associação criminosa.
Segundo o promotor Davi Gallo, “o bando agia em caráter estável e permanente, fortemente armados, com arma de grosso calibre, com divisão de tarefas preestabelecidas, visando a prática dos mais variados crimes, com emprego de grande violência contra pessoas, patrimônio e tráfico de entorpecentes”.
A Promotoria ainda pediu a decretação de prisão preventiva de Benjamim, que atualmente está custodiado na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, em Salvador.