Promotoria pedirá pena de morte para acusado de assassinatos em Charleston
Dyllan Roff, de 22 anos, confessou matar nove pessoas que estavam em uma igreja metodista africana na Carolina do Sul
O Ministério Público Federal dos Estados Unidos vai pedir a pena de morte para Dyllan Roof, de 22 anos, acusado do assassinato de nove pessoas que estavam em uma igreja metodista africana histórica em Charleston, Carolina do Sul. O crime foi em julho de 2015. A promotoria federal o acusa de 33 crimes federais, incluindo os de ódio à raça e à religião.
“A natureza do crime e o dano resultante obrigaram a promotoria a optar pelo pedido de pena de morte”, disse a procuradora-geral norte-americana, Loretta Lynch.
Roof é acusado de disparar contra fiéis da Igreja Africana Metodista Episcopal de Charleston, quando eles participavam de uma reunião de estudo bíblico. O crime repercutiu no mundo inteiro. O rapaz usou uma arma que havia ganhado de presente de aniversário poucos meses antes. Todos as vítimas eram negros e as investigações revelaram que Roof tinha comportamento ultrarracista.
Ainda não há data para o julgamento federal, mas o jovem será julgado também na corte estadual em janeiro do ano que vem.
Racismo
Roof foi capturado pela polícia de Charleston um dia depois do tiroteio e confessou o crime. Ele também disse aos investigadores que queria iniciar uma guerra racial.
A imprensa norte-americana divulgou que, no momento da confissão, o rapaz revelou ser white supremacist (de supremacia branca), nome dado nos Estados Unidos aos brancos ultrarracistas que pregam o ódio e a destruição dos negros.
Em seu perfil no Facebook ele exibia uma foto da bandeira da África do Sul, usada durante o regime do appartheid, regime segregacionista que vigorou naquele país. Após o crime, o debate sobre controle de armas foi suscitado pelo presidente Barack Obama, que lamentou os assassinatos e o fato de não ter conseguido enviar ao Congresso uma reforma na legislação sobre o porte de armas.