Proposta surpresa pode mudar foco das eleições
Um político ligado aos candidatos da base do governo afirma que é possível que o governador anuncie nesta semana uma obra de infraestrutura importante, que possa atrair os olhares da imprensa e oposição.
A sexta semana de campanha eleitoral em Goiás começa com a sinalização para novos debates. A discussão sobre segurança pública não evoluiu, apesar da insistência da oposição.
Um político ligado aos candidatos da base do governo afirma que é possível que o governador anuncie nesta semana uma obra de infraestrutura importante, que possa atrair os olhares da imprensa e oposição.
Novos temas (como saúde e educação) podem tomar o lugar da criminalidade e colocar a população para discutir assuntos mais relacionados às eleições, diferenciando os candidatos.
Conforme a fonte, as cidades de Senador Canedo e Anápolis estariam neste foco governista. Assim, o candidato do PSDB, que procura ampliar sua rede de votos para vencer no primeiro turno, poderia avançar no eleitorado de Antônio Gomide (PT) e Vanderlan Cardoso (PSB). Lançada as propostas, surgiria uma campanha de voto útil para que estas cidades apoiem Marconi Perillo (PSDB).
Pesquisas qualitativas indicam que a temática da segurança estaria, neste momento, saturada. Por dois motivos: o tema é árido e complexo. Tanto governo quanto oposição sofrem para pautar o assunto sem soluções factíveis. Se Marconi Perillo (PSDB) não mostra dados com significativa queda na criminalidade o opositor Iris Rezende não tem muito que debater ou mostrar.
Tanto é verdade que na semana que passou, Iris escalou Barbosa Neto, ex-deputado e coordenador de sua campanha, para falar sobre o assunto, sem nenhuma novidade ou pesquisa para divulgar aos jornalistas.
O tiro saiu pela culatra, pois a imprensa passou a questionar a competência de Iris, ex-ministro da Justiça que não conseguiu debelar a violência quando esteve à frente do maior órgão de gestão da área. Ao contrário, em sua administração o país deu saltos em criminalidade.
Por isso, do campo da segurança, primeiro tema do debate político goiano, restou uma insegurança para o eleitor, que não enxerga em nenhum dos candidatos uma posição que garanta o voto.
INTERNET
A semana começa também com uma nova fase na internet. Até aqui, Marconi Perillo (PSDB) e Vanderlan Cardoso (PSB) são os candidatos que melhor usaram a rede mundial de computadores.
Tanto um como o outro se revelaram capazes de pautar temas e usar a conexão digital para integrar as equipes. Iris Rezende e Antônio Gomide (PT), por sua vez, não conseguem utilizar a internet a contento.
E a prova foi a crise do PMDB, que estourou na sexta-feira à noite, quando a equipe que cuidava de alguns perfis da campanha resolveu denunciar na própria página de Facebook do candidato que existe forte intriga entre os peemedebistas.
O grupo Invicta se despediu dos eleitores e disse que Marconi Perillo vai ganhar a disputa por conta dos assessores de Iris, que mais prejudicam do que ajudam o líder peemedebista.
EM CAMPO
Na campanha de campo, que está em execução nas ruas, a liderança é de Marconi Perillo e Iris Rezende. O primeiro atrai milhares de pessoas, com carreatas e encontros públicos – como o que reuniu duas mil pessoas, no Centro de Convenções, com os servidores da Caixego.
De olho em votos para ganhar ainda no primeiro turno, Marconi se reuniu com moradores do Jardim Novo Mundo, já visitado por Vanderlan Cardoso há um mês.
Marconi foi criativo e prometeu algo fácil de se fazer e que sempre foi um sonho para os moradores de Senador Canedo: esticar o Eixo Anhanguera até a cidade: “Queremos estender a linha do Eixo Anhanguera até o município de Senador Canedo e vamos colocar mais ônibus para atender aos usuários e desafogar o terminal do Jardim Novo Mundo”.
Esta seria uma prévia do que pode ainda ser prometido para a cidade. E, com certeza, mudar os rumos da eleição, que já se diferencia do início.
Mais agressiva, com troca de farpas entre candidatos, ela caminha para a guerra televisiva. Nos próximos três dias, todos os candidatos gravam inserções para a propaganda eleitoral. É a fase em que candidaturas se desmancham e outras se reorganizam. Em oito duas será possível ver os efeitos da mídia eletrônica na campanha.