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PSOL vai apresentar representação contra Ricardo Barros no conselho de ética da Câmara

A bancada de deputados do PSOL vai apresentar uma representação contra o líder do governo…

A bancada de deputados do PSOL vai apresentar uma representação contra o líder do governo Jair Bolsonaro, Ricardo Barros (PP-PR), ao comitê de ética da Câmara dos Deputados. A iniciativa está sendo liderada por Ivan Valente (PSOL-SP).

Segundo disse o deputado Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro teria deixado de informar as autoridades sobre denúncias de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin que estariam sendo coordenadas pelo líder de seu governo, Ricardo Barros (PP-PR), cacique do centrão.

Ao ser informado de possíveis irregularidades por Miranda, Bolsonaro teria dito se tratar de “coisa do “Ricardo Barros.”

“Vocês sabem quem é, né? Sabem que ali é foda. Se eu mexo nisso aí, você já viu a merda que vai dar, né. Isso é fulano. Vocês sabem que é fulano”, disse Bolsonaro, segundo Miranda.

A representação deve enquadrar Ricardo Barros no inciso II do artigo 4º do Código de Ética Parlamentar, que descreve como conduta punível com a perda do mandato “perceber, a qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, no exercício da atividade parlamentar, vantagens indevidas.”

Deputado diz à CPI que Bolsonaro levantou suspeitas sobre líder do governo no caso Covaxin

O deputado Luis Miranda (DEM-DF) disse à CPI da Covid na última sexta-feira (25) que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), foi o nome atribuído pelo presidente Jair Bolsonaro às supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin.

“A senhora também sabe que foi o Ricardo Barros que o presidente falou. Eu não me sinto pressionado para falar, eu queria falar desde o primeiro momento, mas é porque vocês não sabem o que vou passar”, disse Miranda, após ser questionado diversas vezes sobre qual parlamentar teria sido citado pelo mandatário.

O deputado e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo, prestaram depoimento durante quase oito horas à comissão no Senado. Eles reafirmaram que Bolsonaro foi alertado sobre as suspeitas que cercam a negociação da Covaxin. Leia na íntegra!