NOVO CANGAÇO

Quadrilha rouba fábrica de ouro e coloca fogo em veículos em Jarinu (SP)

Uma quadrilha fortemente armada invadiu Jarinu, a 75 km de São Paulo, na madrugada desta…

Uma quadrilha fortemente armada invadiu Jarinu, a 75 km de São Paulo, na madrugada desta terça-feira (13), para assaltar uma empresa do ramo de joalheria especializada em ouro localizada em uma chácara na zona rural da cidade.

O barulho de tiros e explosões assustou os moradores da cidade de 30 mil habitantes. Segundo o relato de testemunhas, os criminosos colocaram fogo em veículos para criar uma barreira contra a polícia e atiraram durante vários minutos.

Durante a fuga, houve troca de tiros entre a quadrilha e a polícia na altura de Campo Limpo Paulista e na estrada entre Jarinu e Atibaia. Não há registro de feridos. Até o momento também não há informações sobre a quantidade de ouro roubada.

Assaltos desse tipo, realizados por quadrilhas especializadas, fazem parte do chamado “novo cangaço”. São praticados por criminosos fortemente armados, em grupo de 15 a 30 homens, que chegam a cidades de pequeno e médio portes, durante a madrugada, em comboios de veículos potentes.

Em abril deste ano, uma quadrilha atacou agências bancárias, atirou em lojas e em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Mococa (a 267 km da capital). Mascarados e atirando para cima e em direção ao comércio local, os criminosos usaram explosivos para roubar o cofre de uma agência da Caixa Econômica Federal.

Ações semelhantes ocorreram recentemente em Criciúma (SC), Cametá (PA) e em cidades do interior de São Paulo, como Araraquara, Botucatu e Ourinhos.

Em Criciúma, a ação de pelo menos 30 criminosos, dez automóveis e armamento de calibre exclusivo das Forças Armadas, em novembro de 2020, foi considerado o maior roubo do tipo na história de Santa Catarina.

Os criminosos atacaram o 9º Batalhão da Polícia Militar com tiros nas janelas, bloqueio na saída com um caminhão em chamas e explosão acionada por celular. “Uma ação sem precedentes”, disse o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, comandante do batalhão. A ação durou cerca de duas horas.

Em Cametá, homens fortemente armados cercaram o quartel da Polícia Militar, fizeram reféns, atacaram uma agência bancária da cidade com explosivos, atiraram para cima e provocaram pânico entre os moradores. Um refém morreu vítima dos criminosos.