SAÚDE

Quarta dose de vacina contra Covid-19 para pessoas a partir de 50 anos será liberada

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também admitiu aumento de casos da doença

Saúde em Goiás diz que municípios já podem aplicar 4ª dose da Covid para maiores de 30 anos (Foto: Tomaz Silva - Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quinta-feira a liberação da quarta dose de vacina contra Covid-19 para maiores 50 anos. Ainda não há data, porém, para que a medida entre em vigor.

De acordo com ele, o país tem vacina o suficiente para avançar no segundo reforço para esta faixa etária.

Após evento de assinatura da portaria que regulamenta a telessaúde no Brasil, Queiroga admitiu aumento no número de casos de Covid-19 no país e atribuiu o fato às medidas de flexibilização.

— Já avançamos na primeira dose de reforço, a segunda dose de reforço já está autorizada acima de 60 anos pelo Ministério da Saúde, e vamos ampliar para acima de 50 anos. Nós temos vacinas, o governo federal se preparou para isso. Temos nos últimos 15 dias uma média móvel de óbitos inferior a 120 casos por dia. Há, é claro, um aumento de casos, porque houve uma maior flexibilização. Isso não é só no Brasil, é no mundo todo — afirmou o ministro.

Até o momento, a quarta dose é liberada para pessoas acima de 60 anos e imunossuprimidos. A ampliação da quarta dose para novos públicos segue o que já vem sendo adotado por algumas localidades, como o estado do Mato Grosso do Sul e a prefeitura de Manaus. Em Teresina o cronograma é ainda mais acelerado, prevendo imunização com a quarta dose para pessoas acima de 40 anos.

Questionado sobre a possibilidade de editar uma medida para recomendar uso de máscara em locais fechados, o ministro afirmou que a pasta não pode impor o uso da proteção.

— A máscaras é um direito de cada um fazer o uso da máscara. Nós não impedimos que as pessoas usem máscara, agora impor o uso da máscara, além de não funcionar é muito difícil de fiscalizar — disse.

Nesta quinta-feira, o ministro assinou portaria que regulamenta o uso da telessaúde no Brasil. A medida estabelece parâmetros que permitem a realização de consultas à distância por meio digital. Ao assinar a norma, Queiroga anunciou investimento de R$ 14,8 milhões para informatizar unidades básicas de saúde. A meta do ministério é permitir a realização de consultas à distância em pelo menos 323 municípios do país.