Quatro funcionários de supermercado são presos suspeitos de tortura no Maranhão
Homem ficou algemado e preso no interior do supermercado durante seis horas
Quatro funcionários de uma rede de supermercados foram presos em Santa Inês, a 250 km de São Luís, no Maranhão. Segundo a polícia local, eles são suspeitos de manter um homem em cárcere privado e também por torturá-lo psicologicamente.
O boletim de ocorrência revela que no último domingo (26), Raimundo Nonato dos Santos Paulo Júnior informou à polícia que ficou algemado e preso no interior do supermercado durante seis horas. A vítima, disse que foi algemado com os braços para trás e ainda amarrado com um pedaço de cabo elétrico.
À polícia, os funcionários presos disseram que Raimundo teria furtado mercadorias do estabelecimento, o que foi contestado pela vítima. Em depoimento, Raimundo Nonato afirma que pagou por um frango congelado o valor de R$ 28.
Vítima de tortura teria saído de supermercado sem pagar
Porém, de acordo com o delegado Allan Santos as imagens fornecidas pelo estabelecimento mostram que o homem tentou sair com outros gêneros alimentícios. “A questão aqui é que os funcionários, ao invés de realizarem o procedimento legal de acionamento da Polícia Militar ou Civil, o que fizeram foi conduzi-lo ao almoxarifado, algemá-lo, praticando tortura psicológica e até física”, explicou o delegado.
Ainda segundo o delegado, Raimundo não foi autuado já que a situação de flagrante delito já tinha se passado, justamente porque os funcionários preferiram manter o homem preso no supermercado a ter que chamar a polícia.
Por meio de nota, a rede de supermercados Mateus disse, que os funcionários presos abordaram um caso de furto de inúmeras mercadorias. Além disso, foi dado a Raimundo Nonato o prazo para pagar pelos produtos, o que não ocorreu. Leia a íntegra:
“Relatamos que a equipe de segurança interna, abortou um caso de furto de inúmeras mercadorias. Foi concedido ao autor, um prazo para que a sua família efetuasse o pagamento das mercadorias, evitando assim, o registro formal da ocorrência. Sem o comparecimento de familiares, o autor foi embora, tendo a empresa recuperado os mais de 30 produtos furtados. Em represália à apreensão, o mesmo registrou boletim de ocorrência, deturpando os fatos e levando informações distorcidas ao delegado de plantão que apurou preliminarmente o caso. Continuaremos à disposição das autoridades para esclarecer o ocorrido”.
- Com informações do G1