CUIDADO DOBRADO

Queimaduras domésticas podem aumentar até 40% durante a pandemia

Projeção é da Sociedade Brasileira de Queimaduras

Acidentes domésticos com queimaduras podem aumentar durante a pandemia

Projeções da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SQB) apontam para tendência de aumento de 40% nos episódios de queimadura doméstica durante a pandemia do coronavírus (Covid-19).

. “Isso ocorre devido à exposição em ambiente doméstico, principalmente, a cozinha, por líquidos quentes do fogão. Sendo a escaldadura a principal causa em menores de cinco anos”, diz Marcela Vidal, dermatologista do Hapvida em João Pessoa.

O álcool 70% passou a ser um aliado na limpeza doméstica durante a pandemia, por isso é preciso guardar os produtos inflamáveis em um lugar seguro e fora do alcance das crianças, além de ter muito cuidado ao manuseá-lo.

“O principal cuidado que se deve ter é manter o álcool e outros inflamáveis longe das fontes de calor. De preferência usar o álcool em gel, pois o líquido é volátil e favorece a combustão”,  afirmou a especialista.

Como ajudar em um acidente

Marcela Vidal explicou que há três tipos de queimadura: 1º grau, que é mais comum, inclusive a queimadura do sol está nessa classificação,  ela atinge apenas a camada mais superficial gerando apenas vermelhidão. A de 2º grau, em que já existe formação de bolhas dolorosas e inchaço local, e a queimadura de 3º grau, que acomete todas as camadas da pele, pode atingir até o osso.

“Para as queimaduras de 1º grau o recomendado é fazer compressas frias nas primeiras horas para alívio da dor, usar óleo mineral ou vaselina para hidratar. Pode ainda utilizar analgésicos.

Na de 2º grau pode perfurar a bolha com agulha estéril somente para que saia o líquido, mas sem removê-la. Lavagem com água corrente, antisséptico e um curativo com sulfadiazina de prata. A depender da extensão a de 2º grau e sempre de 3º grau necessita de internação hospitalar para evitar desidratação e muitas vezes pela necessidade de intervenção para remover tecidos desvitalizados. Na dúvida sempre procurar um médico” afirma a especialista.

*Com informações do Polêmica Paraíba