SAÚDE

Queiroga critica governadores que vão vacinar crianças sem prescrição: ‘Não são médicos’

Ministério da Saúde recomenda que a vacinação do público infantil seja feita com apresentação de uma prescrição médica

Vacina para crianças será distribuída na 2ª quinzena de janeiro, diz Queiroga (Foto: Walterson Rosa/MS)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga criticou prefeitos e governadores que se posicionaram contra a recomendação, para que a vacinação em crianças de 5 a 11 anos seja feita com apresentação de prescrição médica. O titular da pasta falou a jornalistas nesta quarta-feira (29), em Brasília.

Apesar da recomendação, pelo menos 15 estados apontaram que não vão exigir prescrição. Queiroga alegou interferência do poder Executivo estadual nas secretarias. “Governadores falam em prescrição, prefeitos falam em prescrição. Pelo que eu saiba, a grande maioria deles, não são médicos. Eles estão interferindo em suas secretarias estaduais e municipais”, afirma.

Desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina Pfizer contra Covid-19 em crianças, em 16 de dezembro, o assunto tem gerado grande discussão. O Ministério da Saúde abriu uma consulta pública, disponível até este domingo (2).

“A consulta pública é um instrumento da democracia, amplia a discussão sobre o tema e dá mais tranquilidade aos pais para que eles possam levar os seus filhos às salas de vacinação”, defendeu o ministro.

Na última sexta-feira (24), em reunião do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), o órgão decidiu que não vai seguir a recomendação de prescrição médica para vacinação infantil. Na manifestação, o conselho diz que não será necessária a apresentação “de nenhum documento médico recomendando que tomem a vacina”.