3º DIA

“Querem cheque em branco para condenar”, diz defesa de acusados no caso Valério

Defesa afirmou que não existem provas materiais contra Maurício Sampaio no processo

"Querem cheque em branco para condenar", diz defesa de acusados em caso Valério Luiz (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

O advogado de defesa dos réus no caso Valério Luiz, Thales Jayme, afirma que a promotoria quer “um cheque em branco” para condenar os acusados e, em especial, Maurício Sampaio. Durante sua fala ao júri nesta quarta-feira (9), o jurista declarou que não existem provas materiais contra Sampaio no processo.

O crime teria ocorrido por críticas constantes do jornalista à diretoria do Atlético Goianiense. Sampaio, que era vice-presidente, é acusado de ser o mandante. Ademá seria o executor, conforme a denúncia.

“Não existe uma prova sequer. Temos uma linha divisória nesse processo, os senhores que vão decidir [jurados]. O que eles querem é um cheque em branco para condenar aqueles homens”, diz Jayme.

Entre outras coisas, a defesa disse que não se pode imputar a Sampaio a demora do julgamento. O crime aconteceu em 2012 e os constantes adiamentos aconteceram justamente pela falta de provas, segundo Thales. “A única coisa que falam sobre Maurício é que ele patrão do Urbano […] É preciso municiar e dar musculatura ao conselho de sentença”, disse o advogado.

Jayme também voltou a citar o depoimento de Marcus Vinicíus, acusado de emprestar a moto, capacete e camisa para Ademá Figueiredo cometer o crime contra o radialista. Ele afirma que a oitiva foi colhida “na calada da noite” pelo Ministério Público e que Marcus Vinicíus foi induzido a uma “delação premiada” para ser solto e ir para Portugal.

Ao todo, cinco são os acusados pela morte do radialista Valério Luiz: Maurício Sampaio, Ademá Figueiredo Aguiar Filho, Urbano de Carvalho Malta, Djalma Gomes da Silva e Marcus Vinícius Pereira Xavier. Ele foi morto a tiros em 5 de julho de 2012.