Questões consideradas machistas e misóginas são anuladas em concurso público
Prova contava com questões depreciativas em relação as mulheres, incluindo frases como "A mulher é como um defeito da natureza"
A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo concurso público da prefeitura de Macaé, anulou duas questões da prova por serem consideradas machistas e misóginas, após receber duras críticas nas redes sociais.
Uma das questões, consideradas machistas, pedia aos candidatos que identificassem uma frase que não criticava “o fato de a mulher falar demais”, oferecendo opções de intervenção, como “A língua da mulher não cala nem depois de cortada”. Outra pergunta, de teor misógino, fazia comparações depreciativas em relação as mulheres e fazia analogias com crianças, incluindo frases como “A mulher é como um defeito da natureza” e “ter filhos em casa é como ter um jogo de boliche no cérebro”.
O município de Macaé emitiu uma nota de relatório exigindo uma resposta imediata da FGV, que se posicionou afirmando que as questões não condiziam com os princípios da fundação. Como medida corretiva, todos os candidatos inscritos ganharão os pontos correspondentes.
O concurso atraiu mais de 43 mil candidatos, com 824 vagas disponíveis para cargos de nível médio e superior. Nas redes sociais internautas definiram as perguntas como absurdas.