ExpoPec

“Quiseram fazer pirotecnia com o que há de melhor no País”, diz presidente da Faeg sobre operação da PF

José Mário Schreiner defendeu rigor nas investigações, mas declarou que houve exagero na repercussão das apurações da Carne Fraca, o que prejudicou o setor

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, criticou a forma com que foram divulgadas as informações da Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal. Para ele, houve “pirotecnia” na repercussão do caso.

“No nosso entendimento a operação foi exagerada. Exacerbaram, passaram dos limites”, disse. Ele tratou do assunto durante discurso de abertura da ExpoPec, na manhã desta quinta-feira (23) em Porangatu.

Conforme o presidente da Faeg, o agronegócio brasileiro já sentiu um forte impacto devido à repercussão da operação. “Na segunda-feira da semana passada, antes da operação, exportamos em um só dia US$ 76 milhões de dólares de carne brasileira. Nesta segunda, depois da operação, imagine só, exportamos US$ 72 mil. Mil vezes menos. É um cenário que nos preocupa”, afirmou.

Apesar disso, José Mário não deixou de defender o rigor nas investigações. “É uma operação importante para o Brasil e até para o nosso setor. Ao suspender 21 plantas frigoríficas, que representam menos de 5% do total e estão em processo de observação, dão a garantia de que nossa carne está 100%”, pontuou.

O presidente reforçou que, neste momento, cabe aos agentes ligados ao setor ajudar a pecuária goiana e brasileira a retomar a confiança do público interno e externo. “Temos toda a certeza de que produzimos a melhor carne do mundo”, disse. “Agora temos que acalmar a população, porque é essa a função da liderança. A ExpoPec é o momento e o ambiente certo para fazermos essa reflexão e sairmos em defesa do que temos de melhor, que é a qualidade do que produzimos”, concluiu.