Raquel defende uso de R$ 1,2 bilhão do Fundo da Lava Jato no combate a queimadas
Procuradora-geral defende que dinheiro também seja usado na educação.
O destino dos R$ 2,5 bilhões do Fundo da Lava Jato parou na Suprema Corte em março, depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) questionar o acordo fechado entre a Petrobras e a força-tarefa da Lava Jato no Paraná que estabeleceu, entre outros pontos, a criação de uma fundação para gerir parte da multa. O caso caiu com Alexandre de Moraes, que resolveu suspender o acordo entre a estatal e o Ministério Público paranaense.
“Nessa perspectiva, considero necessário ao interesse público a repartição dos valores e destinação dos recursos para incluir a proteção ambiental sustentável, o que atende a toda a sociedade brasileira”, afirmou Raquel Dodge.
A procuradora quer que a maior parte dos recursos do Fundo da Lava Jato (R$ 1,3 bilhão) seja destinada à educação (com foco em educação, tecnologia e primeira infância) e o restante – R$ 1,2 bi – deve ter como destino o Ministério do Meio Ambiente.
A procuradora, que tenta ser reconduzida ao cargo por mais dois anos, também pediu a criação de um comitê com integrantes dos ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Defesa, Justiça, além do Incra, Ibama e do Ministério Público Federal e Poder Judiciário.
Na avaliação de Raquel Dodge, a criação do grupo é necessária para a elaboração de um plano sustentável de proteção da floresta amazônica.
Governo
Já a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais cinco dias para que órgãos do governo federal (o Ministério da Economia, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a própria AGU) enviem ao tribunal uma manifestação sobre a possibilidade de destinar R$ 800 milhões – oriundos de multa paga pela Petrobrás em acordo com a Justiça americana – à prevenção e ao combate de incêndios florestais na região amazônica.
A proposta de destinação de recursos do Fundo da Lava Jato para combater os incêndios na Amazônia foi apresentada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
A Câmara pede ainda que R$ 200 milhões sejam usados para descontingenciar o bloqueio orçamentário que existe em desfavor de programas relacionados à proteção do meio ambiente, seja relacionado diretamente ao Ministério do Meio Ambiente ou demais órgãos e entidades a ele vinculados.