Mudança de governo

“Relação de Goiás com Temer será ainda melhor”, diz Marconi

Governador volta a afirmar que se PSDB apoia o impeachment tem de ser coerente e apoiar o governo de transição

O governador Marconi Perillo afirmou nesta terça-feira acreditar que a relação de Goiás com a administração da União “será ainda melhor” caso o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma o Palácio do Planalto, o que ocorrerá caso o Senado aprove o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). O governador revelou que te uma conversa “muito boa” com o vice-presidente e que foi convidá-lo para prestigiar reunião do Consórcio Brasil Central, fórum que reúne os governadores do Centro-Oeste, Tocantins e Rondônia.

Marconi disse que chegou a sugerir ao vice-presidente que, caso não seja candidato a presidente em 2018, anuncie formalmente isso. “O ministério e o primeiro discurso vão ser muito importantes para definir o futuro governo dele”, assinalou.  Na análise que fez da conjuntura nacional, Marconi disse na entrevista que o País vive hoje a mais cruel e grave crise de sua história política e “é preciso que todos dêem as mãos”.

Ao explicar por que não se alinhou ao PSDB na defesa do impeachment, o governador sustentou que agiu com a responsabilidade de um governador de Estado, que precisa ser respeitoso com todas as instituições. “Talvez eu tenha sido um dos líderes do PSDB mais consultados nos últimos 90 dias”, assinalou.

Para Marconi, o posicionamento de sua base política em relação ao impeachment não deixa qualquer dúvida quanto à posição do PSDB de Goiás. “Todos foram a favor do impeachment”, lembrou. “Até porque nós, governadores, estamos preocupados com outros temas, como alongamento das dívidas, crise, investimentos”.

Ele ressaltou ainda que a agende de governador é “bem diferente” da do partido e do Congresso, que Marconi disse ter uma relação institucional “muito sólida”. Argumentou também que passou pelo Senado e pela Câmara, onde foi colega de Michel Temer. “O que eu percebo é que as portas nessas instituições são sempre abertas a Goiás. O meu dever é não deixá-las fechar”. Na visão do governador, a questão principal é que sempre pautou sua conduta política pelo diálogo, maturidade e racionalidade no trato com as instituições.